ZH, 16/01/2025
Por Tyler Durden
"Orwell está aqui, e está vivendo à vontade, cara!"
Policiais em todo o país (EUA) estão usando de forma indevida softwares de reconhecimento facial, confiando neles para prender suspeitos sem evidências adicionais, de acordo com uma nova investigação do Washington Post.
A maioria dos departamentos não é obrigada a divulgar ou documentar o uso da tecnologia. Entre 23 departamentos com registros disponíveis, 15, em 12 estados, prenderam suspeitos com base exclusivamente em correspondências de IA, muitas vezes violando políticas internas que exigem corroboração.
Um relatório descreveu uma correspondência de IA não verificada como “100% certa,” enquanto outro afirmou que a tecnologia “identificou o suspeito sem dúvidas.” Pelo menos oito pessoas foram presas injustamente nos EUA devido a correspondências feitas pela IA, duas das quais não haviam sido relatadas anteriormente.
Embora todos os casos tenham sido arquivados, trabalhos básicos da polícia — como verificar álibis ou comparar evidências físicas — poderiam ter evitado essas prisões. A verdadeira dimensão das prisões injustas alimentadas por IA permanece desconhecida, já que a maioria dos departamentos não exige divulgação e raramente revela o uso da tecnologia.
O Post identificou 75 departamentos que usam reconhecimento facial, com registros de 40 deles mostrando prisões ligadas a correspondências de IA. Destes, 23 forneceram detalhes suficientes, revelando que quase dois terços fizeram prisões sem evidências corroborativas. Os departamentos frequentemente se recusaram a discutir suas práticas ou alegaram que os agentes confiaram no julgamento visual para confirmar as correspondências.
Em Florence, Kentucky, a polícia utilizou correspondências de IA não corroboradas em pelo menos quatro casos, com resultados variados. O promotor local Louis Kelly defendeu o julgamento dos agentes na identificação de suspeitos, incluindo aqueles sinalizados pela IA.
Para o relatório, o Washington Post revisou o uso de reconhecimento facial por 75 departamentos de polícia, obtendo registros detalhados de 23. Descobriu que 15 departamentos, incluindo Austin, Detroit e Miami, realizaram prisões exclusivamente baseadas em correspondências de IA, sem evidências independentes.
Alguns departamentos não tinham registros ou transparência, enquanto outros recorreram a práticas questionáveis, como mostrar fotos identificadas por IA a testemunhas. As entrevistas esclareceram alguns casos, mas a dependência de correspondências não corroboradas pela IA continua amplamente disseminada.
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Fonte:https://www.zerohedge.com/markets/ai-facial-recognition-software-fueling-rise-false-arrests
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