8 de jan. de 2025

Alerta sobre radiação de celulares: pesquisadores revelam novo fator de risco para redes 5G





Mail, 03/01/2025



Por Matthew Phelan



Qualquer pessoa que faça upload de vídeos de uma trilha cênica em áreas rurais com 5G está exposta a quase o dobro da radiação em comparação com alguém em uma cidade, de acordo com um novo estudo.  

Pesquisadores acreditam que a radiação extra não vem das torres de celular 5G, mas dos próprios dispositivos móveis, que trabalham mais intensamente para obter um sinal em áreas rurais.  

Uma equipe do Instituto Suíço de Saúde Pública e Tropical (Swiss TPH) rastreou a exposição de usuários de celulares 5G a campos eletromagnéticos de radiofrequência (RF-EMF) em duas cidades e três comunidades rurais.  

Os RF-EMF são o meio pelo qual as ondas de rádio transferem energia, permitindo que dispositivos sem fio se comuniquem em frequências que incluem radiação de micro-ondas — que, em circunstâncias inadequadas, podem fornecer uma quantidade perigosa de energia.  

A equipe descobriu que a exposição média em áreas rurais era de 29 milivatts por metro quadrado (mW/m²) durante uploads, quase três vezes o limite de segurança recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 10 mW/m².  

Esse valor também foi muito mais alto do que o registrado para telefones fazendo upload de conteúdo nas duas cidades suíças, onde a média foi de 16 mW/m².  

A medição representa a quantidade de energia de radiofrequência que atravessa uma área específica (como a pele humana) no caminho desses sinais sem fio.  

"Em resumo, este estudo mostra que a exposição ambiental é menor quando a densidade de estações base é baixa", disse a autora principal do estudo, Adriana Fernandes Veludo, pesquisadora de epidemiologia.  

"No entanto", ela acrescentou, "nessa situação, a emissão dos telefones móveis é várias ordens de magnitude maior."  

"Isso tem a consequência paradoxal de que um típico usuário de celular está mais exposto a RF-EMF em áreas com baixa densidade de estações base", explicou Fernandes Veludo, doutoranda e colaboradora do Projeto GOLIAT de investigação sobre 5G.  

Mas ela também observou que os novos achados "podem subestimar a exposição real" dos celulares 5G em áreas rurais.  

Embora os países europeus considerem níveis como 29 mW/m² elevados, eles estão bem abaixo dos limites mais brandos dos Estados Unidos.  



A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA definiu o nível máximo permitido de exposição em 10.000 mW/m².  

O lançamento do 5G gerou teorias da conspiração, como a de que essa nova tecnologia sem fio poderia causar Covid-19, ou até ser uma forma secreta de controle mental de alta tecnologia.  

Embora a nova pesquisa suíça não pese sobre os riscos à saúde, ela fornece informações detalhadas sobre o que as pessoas estão expostas em cenários do mundo real.  

A possível subestimação decorre do método pelo qual Fernandes Veludo e seus colegas coletaram os dados de radiação de celulares 5G.  

A equipe mediu exposições em cinco municípios viajando para locais específicos com uma mochila contendo um dispositivo portátil que media RF-EMF, além de um smartphone equipado com sensores e software de rastreamento de radiação.  

"Devemos lembrar que, em nosso estudo, o telefone estava a cerca de 30 cm do dispositivo de medição", observou Fernandes Veludo.  

"Um usuário de celular segura o telefone mais próximo ao corpo, e, assim, a exposição a RF-EMF pode ser até 10 vezes maior", afirmou.  

A equipe do Projeto GOLIAT rastreou a emissão de RF-EMF de torres base de celulares e dispositivos móveis em duas cidades, Zurique e Basel, e em três vilarejos rurais, Hergiswil, Willisau e Dagmersellen.  

Em todas as áreas, realizaram experimentos comparativos em "microambientes", incluindo bairros residenciais, áreas industriais, escolas, parques públicos e transporte coletivo.  

Os pesquisadores também conduziram experimentos semelhantes enquanto os dispositivos interagiam com torres 5G em dois cenários comuns.  

No primeiro, o celular estava em "modo avião", expondo os sensores principalmente ao sinal ambiente das torres 5G.  

No segundo, foi ativado "máximo download de dados", configurando o telefone para baixar grandes arquivos da internet.  

Os resultados desses testes, publicados em dezembro na revista Environmental Research, mostraram exposição ligeiramente maior em áreas urbanas.  

A média nos vilarejos rurais foi de 0,17 mW/m², enquanto Basel registrou 0,33 mW/m² e Zurique 0,48 mW/m².  

"Os níveis mais altos foram encontrados em áreas comerciais urbanas e no transporte público", disse o coautor Dr. Martin Röösli, professor de epidemiologia ambiental no Swiss TPH.  

Dr. Röösli destacou que todos esses valores estavam "mais de cem vezes abaixo dos limites das diretrizes internacionais".  

No cenário de máximo download, a radiação aumentou quase uniformemente para cerca de 6–7 mW/m², o que a equipe do Projeto GOLIAT atribuiu a uma técnica das torres 5G chamada "beamforming".  

Como o nome sugere, "beamforming" redireciona e foca os sinais da torre diretamente no telefone, aumentando a exposição a RF-EMF nesse processo.  

O efeito foi ligeiramente maior nas duas cidades.  

Fernandes Veludo observou que este foi apenas o primeiro estudo do tipo. Esforços futuros para coletar níveis de 5G no ambiente para usuários de celulares continuarão, com estudos repetidos em nove países europeus nos próximos três anos.  

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Fonte:https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-14247371/Cellphone-radiation-warning-researchers-reveal-new-risk-factor-5G-networks.html?ns_mchannel=rss&ns_campaign=1490&ito=social-twitter_mailonline 

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