BU, 04/12/2024
Por Joel McConvey
A captura biométrica móvel em casa pode ajudar a reduzir congestionamentos nas fronteiras com a implementação do ETA.
Um comunicado do governo do Reino Unido informa que o Ministério do Interior realizará testes de coleta biométrica de impressões digitais, tanto presencial quanto remota, usando smartphones, com foco em cidadãos estrangeiros.
“Para maximizar a conveniência e a segurança”, afirma o comunicado, “o Ministério do Interior buscará cada vez mais formas de utilizar a autoinscrição remota de biometria facial e de impressões digitais, por estrangeiros que solicitam entrada no Reino Unido.” Um exemplo citado é o uso de um celular para coletar dados biométricos de impressões digitais em casa.
“Para entender se isso é viável, o Ministério do Interior precisa continuar testando o desempenho e a usabilidade dessas tecnologias biométricas emergentes. Esses testes de viabilidade são a mais recente etapa desse processo.”
Os testes avaliarão a detecção de ataques de apresentação (PAD) e o processo de inscrição biométrica.
Um aviso sobre privacidade detalha os tipos de dados que serão processados, por quanto tempo serão armazenados e quais medidas de proteção de dados estão em vigor.
Ele também lista os fornecedores de tecnologia de impressão digital sem contato utilizados nos testes, incluindo VF Worldwide Holdings Ltd, Touchless ID (Identy), Dermalog, Veridium, iProov, Telos, Integrated Biometrics, Blue Biometrics, Thales DIS e IDLoop. Entre os subfornecedores estão Sciometrics, Tech5, DXS e Gambit, com suporte de serviços da Deloitte, Ingenium Biometric Laboratories e DSTL.
Coleta biométrica nas fronteiras: mais capturas e novos desafios
O teste tem como objetivo avaliar a autoinscrição de biometria sem contato, como parte do processo de aplicação para todos os visitantes e migrantes no Reino Unido sob o novo sistema de Autorização Eletrônica de Viagem (ETA).
Testes de viabilidade anteriores foram realizados pelo Ministério do Interior em 2021, e descobriram que quiosques eram mais adequados para autoinscrição biométrica, do que aplicativos para smartphones naquela época.
Desde então, as tecnologias de biometria por impressão digital para smartphones – um dos métodos mais comuns de autenticação biométrica no cotidiano – continuam a evoluir, com métodos sem contato substituindo ou complementando o toque. Esses casos de uso estão se expandindo, especialmente no controle de fronteiras.
O sistema de Entrada/Saída (EES) da União Europeia tem impulsionado a inovação de empresas de biometria, que buscam enfrentar os desafios de capturar grandes volumes de dados biométricos faciais e de impressões digitais. A iProov já realizou testes de um aplicativo para captura remota de impressões digitais, destinado a cidadãos de fora da UE que precisam enviar suas impressões digitais ao cruzar pela primeira vez as fronteiras do Espaço Schengen.
No entanto, a captura remota de impressões digitais enfrenta sérios riscos de fraude alimentada por inteligência artificial e ataques de morphing. Além disso, há desafios regulatórios, já que a leitura de dados biométricos de impressões digitais em passaportes é protegida pelo Controle de Acesso Estendido (EAC), e só pode ser realizada por autoridades dos estados-membros da UE.
“Como você transforma esses celulares usados para inscrição remota em leitores de impressões digitais?”, questionou Jonas Ingelstrom, chefe de identidade da iProov, durante uma recente mesa-redonda da eu-LISA. “O acesso terminal ou Controle de Acesso Estendido só é permitido para determinados dispositivos, e não podemos liberar isso para bilhões de celulares – isso seria muito imprudente.”
A Nigéria também está explorando a captura biométrica sem contato para solicitações de passaportes, com empresas locais, como a Iris Smart Technologies e a Newworks, responsáveis pelo aplicativo NIS Contactless Biometrics. O aplicativo, destinado a cidadãos nigerianos vivendo no exterior, foi lançado mundialmente em 1º de dezembro.
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