LDD, 23/12/2024
O presidente eleito afirmou que desmantelará e deportará toda a rede criminosa que opera em solo americano.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no último domingo que, ao assumir o poder em 20 de janeiro, declarará os cartéis mexicanos de narcotráfico como "organizações terroristas estrangeiras".
“No meu primeiro dia de volta ao Salão Oval, assinarei uma histórica série de decretos para fechar nossas fronteiras aos imigrantes ilegais e deter a invasão de nosso país”, declarou Trump. “E, nesse mesmo dia, iniciaremos a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos”, acrescentou.
“Todos os membros de gangues estrangeiras serão expulsos, e designarei imediatamente os cartéis como organizações terroristas estrangeiras. Faremos isso de imediato e mobilizaremos todo o poder das forças de segurança federais, do ICE e da Patrulha de Fronteira”, enfatizou o republicano diante de seus seguidores em um evento em Phoenix, Arizona.
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| Donald Trump e Claudia Sheinbaum |
Em seu discurso, Trump também mencionou a presidente socialista do México, Claudia Sheinbaum. “Fui muito duro com o México. Falei com a nova presidente, uma mulher encantadora e maravilhosa, a presidente Sheinbaum, uma mulher incrível, mas eu disse: ‘Vocês não podem fazer isso com o nosso país’”, comentou Trump, conforme citado pela agência EFE.
O ex-mandatário se referia a uma conversa telefônica com Sheinbaum em novembro, após sua ameaça de impor uma tarifa de 25% sobre todos os produtos provenientes do México e do Canadá.
O bilionário americano também reiterou que outros países enviam narcotraficantes aos Estados Unidos, e afirmou que “toda essa rede criminosa que opera em solo americano será desmantelada, deportada e destruída”. Essas declarações foram feitas no contexto da presença do Tren de Aragua, uma grande organização criminosa venezuelana, no estado do Colorado.
A resposta de Claudia Sheinbaum
Em resposta às declarações de Donald Trump, a presidente socialista do México, Claudia Sheinbaum, defendeu os cartéis de narcotráfico, afirmando que não permitirá “interferências” dos Estados Unidos, sublinhando que seu governo atua apenas em colaboração com o país vizinho, mas deixando claro que “nunca nos submeteremos”.
“Nós colaboramos, coordenamos, trabalhamos juntos, mas nunca nos submeteremos. O México é um país livre, soberano, independente, e não aceitamos interferências em nosso país. É colaboração, é coordenação, mas não é subordinação. E vamos construir a paz”, declarou a mandatária do Palácio Nacional durante sua conferência matinal.
Dessa forma, a presidente socialista deixou claro que a decisão de combater o narcotráfico cabe exclusivamente ao México e que, se o governo não quiser, não enfrentará os cartéis.
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