BTB, 23/11/2024
(AFP) — A guarda costeira da Suécia informou neste sábado que se uniu à Dinamarca na vigilância de um navio chinês ancorado próximo às suas costas, após dois cabos submarinos terem sido rompidos em um caso suspeito de sabotagem.
Seções dos dois cabos de telecomunicações foram cortadas em 17 e 18 de novembro, em águas territoriais suecas no Mar Báltico.
A polícia sueca e finlandesa abriram investigações, e autoridades europeias suspeitam de “sabotagem” ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia. O Kremlin rejeitou as acusações, classificando-as como "absurdas" e "ridículas".
O navio chinês Yi Peng 3 navegou sobre os cabos no momento em que foram rompidos, segundo sites de rastreamento de embarcações, embora não haja evidências de envolvimento nos incidentes.
A embarcação permanece ancorada no estreito de Kattegat, entre Suécia e Dinamarca, desde terça-feira.
O ministério das Relações Exteriores da China negou qualquer responsabilidade no caso.
“A China está atualmente trabalhando com as partes relevantes, incluindo a Dinamarca, para manter uma comunicação fluida por meio de canais diplomáticos”, disse um porta-voz do ministério na sexta-feira.
A marinha da Dinamarca afirmou na quarta-feira que está monitorando o navio, que se encontra em águas internacionais, o que limita as possibilidades de intervenção pelas autoridades dinamarquesas.
A Suécia se juntou à vigilância no sábado.
European States Blame Russia for Sabotage Campaign in Europe After Undersea Data Cables Cuthttps://t.co/Jzqy6weqdX
— Breitbart London (@BreitbartLondon) November 20, 2024
“Podemos confirmar que estamos no local com um de nossos maiores navios, o KBV001 Poseidon,” informou Linnea Kappel, oficial de comunicações da guarda costeira sueca, à AFP.
Kappel não comentou a missão da guarda costeira, mas disse que estava “assistindo a polícia e o promotor (suecos)”.
Se o Yi Peng 3 zarpar, “nós o seguiremos”, acrescentou.
Na madrugada de 17 de novembro, o cabo Arelion, que conecta a ilha sueca de Gotland à Lituânia, foi danificado.
No dia seguinte, o cabo submarino C-Lion 1, que liga Helsinque ao porto alemão de Rostock, foi rompido ao sul da ilha sueca de Oland, a cerca de 700 quilômetros de Helsinque.
A marinha sueca informou à AFP na sexta-feira que examinou um dos cabos rompidos com uma câmera submarina controlada remotamente e estava inspecionando o segundo, mas não divulgou os resultados.
Um navio da guarda costeira finlandesa deve inspecionar o cabo alemão-finlandês neste fim de semana, segundo a polícia finlandesa.
O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, afirmou na terça-feira que os cabos rompidos foram provavelmente resultado de “sabotagem”.
“Ninguém acredita que esses cabos foram cortados acidentalmente”, disse ele.
As tensões aumentaram no Mar Báltico desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
Em setembro de 2022, uma série de explosões submarinas danificou os gasodutos Nord Stream, que transportavam gás russo para a Europa, cuja causa ainda não foi determinada.
Em outubro de 2023, um gasoduto submarino entre Finlândia e Estônia foi fechado após ser danificado pela âncora de um navio cargueiro chinês.
German Gov’t Ignored Intelligence Warnings of Ukrainian Plot to Blow Up Nord Stream Pipelines: Report https://t.co/GQGQdevHjZ
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