Nltimes, 17/11/2024
A Coöperatie Laatste Wil (CLW), uma organização que defende dar mais liberdade aos adultos para decidir quando e como terminar suas vidas, vai formar um comitê para focar em todas as questões ou problemas possíveis dentro da organização. Também será criado um grupo de trabalho para investigar se é possível distribuir legalmente a droga do suicídio conhecida como Droga X ou Middel X nos Países Baixos. Essa decisão foi tomada no sábado, durante uma reunião geral de membros, conforme anunciou o presidente Rob van Doorn.
Duas semanas atrás, o conselho recebeu uma carta de um membro que expressou preocupações sobre os efeitos colaterais da droga, como movimentos descontrolados. Na época, a CLW anunciou que iria reforçar as informações sobre possíveis efeitos colaterais e disponibilizá-las para não-membros. Além disso, a cooperativa não descreve mais a droga como causadora de uma morte “humana” (humanitária), mas sim de uma morte “humana”. “Há efeitos colaterais. Isso não é segredo, não devemos ter dificuldade em admitir isso”, disse Van Doorn.
Durante a reunião, foi discutida uma moção contra o conselho, porque alguns membros acreditavam que “o conselho fez muito pouco no período recente”. No entanto, o conselho permanecerá, segundo Van Doorn, mas um comitê será estabelecido para mapear possíveis problemas na organização.
A compra e posse da droga do suicídio não é punível por lei. No entanto, a venda da droga é ilegal caso alguém morra em consequência disso, o que pode ser considerado suicídio assistido.
Para avançar e não precisar mais temer consequências legais pelo suicídio assistido, a CLW está fazendo lobby junto a políticos para alterar a legislação. “Entramos em contato com os porta-vozes de todas as facções na Tweede Kamer (Câmara dos Representantes) e temos falado com eles repetidamente para deixar clara nossa posição e esclarecer mal-entendidos. Também compartilhamos nossa história várias vezes com os diversos informantes durante a formação do gabinete”, diz o site da CLW.
Ainda assim, o lobby para permitir a venda da droga do suicídio não teve sucesso, já que a legislação sobre suicídio assistido permanece inalterada, conforme relatado pela NPO Radio1.
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