ZH, 26/11/2024
Por Tyler Durden
O ex-Comandante-Chefe das Forças Armadas e atual embaixador da Ucrânia no Reino Unido, Valery Zaluzhny, alertou que a Terceira Guerra Mundial já está em andamento, em uma entrevista recente publicada pelo Politico.
"Eu acredito que, em 2024, podemos absolutamente afirmar que a Terceira Guerra Mundial começou", disse ele. Zaluzhny mencionou a maior internacionalização do conflito, com a presença de tropas norte-coreanas, tecnologia iraniana no campo de batalha e o apoio chinês a Moscou.
"É óbvio que a Ucrânia já tem muitos inimigos. A Ucrânia sobreviverá com tecnologia, mas não está claro se pode vencer essa batalha sozinha", explicou, destacando também as recentes aprovações dos aliados ocidentais para ataques ucranianos de longo alcance contra território russo com mísseis dos EUA, Reino Unido e França.
Na entrevista, Zaluzhny afirmou que armas chinesas estão sendo introduzidas no conflito, ao lado de armamentos iranianos e norte-coreanos. "Porque, em 2024, a Ucrânia não está mais enfrentando apenas a Rússia. Soldados da Coreia do Norte estão na frente da Ucrânia. Vamos ser honestos. Já na Ucrânia, os 'Shahedis' iranianos estão matando civis de forma absolutamente aberta, sem qualquer vergonha."
"É possível conter isso aqui, no território da Ucrânia. Mas, por algum motivo, nossos parceiros não querem entender isso. É óbvio que a Ucrânia já tem muitos inimigos. A Ucrânia sobreviverá com tecnologia, mas não está claro se pode vencer essa batalha sozinha", reiterou.
No entanto, não é apenas o lado russo que recebeu assistência externa. O apoio do Ocidente à Ucrânia tem sido muito mais direto, incluindo bilhões de dólares em armamentos. Jatos F-16, sistemas antiaéreos e mísseis de médio e longo alcance foram fornecidos à Ucrânia, junto com treinamento para operar esses sistemas.
Assessores ocidentais também têm estado, sem dúvida, há muito tempo no terreno, auxiliando oficiais militares e de inteligência ucranianos. Moscou apontou tudo isso como fatores que impulsionam a escalada.
Enquanto isso, Rob Magowan, vice-chefe do Estado-Maior de Defesa britânico, disse ao comitê de defesa da Câmara dos Comuns na semana passada: "Se o Exército Britânico fosse chamado para lutar hoje à noite, ele lutaria hoje à noite."
Ele acrescentou: "Acredito que ninguém nesta sala deve se iludir: se os russos invadirem a Europa Oriental esta noite, estaremos lá para enfrentá-los nessa luta."
Ao mesmo tempo, Washington também tem escalado sua participação, buscando enviar o máximo possível de armas e dinheiro a Kiev antes de Donald Trump assumir o cargo em 20 de janeiro. Críticos têm classificado isso como imprudente e uma receita óbvia para uma escalada descontrolada.
A revista The Economist, em uma análise recente, destacou que as perspectivas de sucesso da Ucrânia no campo de batalha parecem quase impossíveis.
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