BU, 11/09/2024
Por Masha Borak
Quase um mês após os protestos e tumultos anti-imigração que abalaram o Reino Unido, as autoridades policiais anunciaram a prisão de 1.280 pessoas, a maioria capturada após a obtenção de imagens de vídeo e correspondência de rostos usando reconhecimento facial retrospectivo. Enquanto isso, as autoridades policiais continuam a anunciar novas implantações de reconhecimento facial ao vivo para a segurança pública.
A polícia reuniu provas contra os manifestantes utilizando imagens de câmeras corporais, redes sociais, CFTV e câmeras de campainha. Outras imagens foram capturadas por drones, helicópteros e equipes de coleta de provas implantadas no local durante os protestos, de acordo com um documento divulgado pelo parlamento do Reino Unido.
Até 30 de agosto, 796 pessoas foram acusadas de envolvimento na violência que se seguiu ao ataque a facadas em Southport, que resultou na morte de três crianças e feriu outras dez pessoas. A polícia identificou centenas de outros suspeitos em conexão com a desordem, segundo dados do Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC).
O trabalho policial durante as 29 manifestações, que ocorreram de 30 de julho a 7 de agosto, resultou em 570 pessoas sendo levadas aos tribunais até 2 de setembro. A sentença mais alta, de nove anos, foi dada a um homem que incendiou um hotel que abrigava requerentes de asilo. Outros réus receberam sentenças entre dois anos e três anos e quatro meses.
Implantações de reconhecimento facial ao vivo continuam
O verão de tumultos no Reino Unido pode ter acabado, mas a polícia continua a depender da tecnologia para capturar criminosos em locais esportivos e centros de transporte público.
Após a Polícia de North Wales anunciar na semana passada que usaria reconhecimento facial ao vivo em eventos específicos na região, os primeiros resultados das novas implantações finalmente chegaram. Durante um jogo de futebol entre Wrexham AFC e Shrewsbury Town em Wrexham, País de Gales, no último fim de semana, o sistema escaneou um total de 34.900 rostos, resultando em 11 alertas para indivíduos procurados. No entanto, nenhuma prisão foi feita, informou a mídia local.
As autoridades policiais esclareceram que o sistema de reconhecimento facial ao vivo apenas sinaliza rostos que aparecem em um banco de dados de pessoas procuradas. Os dados biométricos de pessoas que não estão na lista de procurados são imediatamente excluídos.
"Nenhum dado biométrico ou imagens de rostos escaneados foram retidos pela Polícia de North Wales", disse o departamento, acrescentando que a tecnologia também foi usada no início deste ano no Porto de Holyhead, um porto de ferry que lida com mais de 2 milhões de passageiros a cada ano.
O sistema usado pela Polícia de North Wales é fornecido pela Polícia de South Wales, que acrescentou que nenhuma prisão indevida foi registrada.
A Polícia de South Wales também está emprestando a tecnologia para seus colegas em Hampshire, que anunciaram um teste de três dias, de 10 a 12 de setembro. Uma van policial equipada com uma câmera e reconhecimento facial será usada em Portsmouth, Southampton, Basingstoke e Winchester, de acordo com a BBC.
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