BTB, 04/05/2024
Por Oliver JJ Lane
Menos alemães estão se casando e tendo filhos, mas a população continua crescendo graças à imigração e aos filhos de imigrantes, sugere uma nova leva de estatísticas governamentais.
Por volta de 693.000 bebês nasceram na Alemanha – um país com cerca de 84 milhões e meio de habitantes – em 2023, uma queda de 6,2% em relação ao ano anterior.
Esse ano também foi consideravelmente mais baixo do que o anterior, tendo caído 7,1% desde 2021. No total, as últimas cifras mostram que os nascimentos na Alemanha estão em seus níveis mais baixos desde 2013. Na Alemanha, mais pessoas morrem do que nascem a cada ano: em 2022, houve 327.000 mortes a mais do que nascimentos, por exemplo.
Segundo o jornal alemão Die Welt, além da queda contínua no número total de nascimentos, a distribuição dos nascimentos também está mudando, pois menos mulheres têm filhos, mas algumas daquelas que têm têm mais filhos. Isso é expresso nas estatísticas como o número de primeiros filhos nascidos para novas mães caindo para seus níveis mais baixos desde 2009, mas o número de terceiros ou mais filhos nascidos aumentando.
Plummeting Birthrates Are Biggest Threat to Western Society, Warns Conservative MP @NatConTalkhttps://t.co/s156wbFz4T
— Breitbart London (@BreitbartLondon) May 16, 2023
Essa tendência é causada pela prevalência de mulheres imigrantes na Alemanha, afirma o relatório. Um porta-voz do escritório estatístico alemão é citado pela publicação como dizendo: "Mães com nacionalidade estrangeira desempenham um papel importante no desenvolvimento de mais nascimentos de terceiros e subsequentes".
A Alemanha não é o único país que experimenta fenômenos semelhantes, e, como relatado no ano passado, o Escritório Central de Estatísticas dos Países Baixos observa que a taxa de fertilidade total havia caído para 1,49 filhos por mulher, a menor figura já registrada. A falta de filhos estava aumentando na população em geral, dizia ele, mas entre as mulheres que decidiam se tornar mães, o número de filhos que tinham, em média, permanecia o mesmo.
No país, entre 1990 e 2019 "A parcela de gestações não intencionais que resultaram em aborto aumentou de 26% para 41%".
Os nascimentos totais não são a única tendência observada pelos estatísticos do governo alemão nesta semana, no entanto, com o estado também relatando que o número de casamentos contratados nos 12 meses anteriores havia caído 7,6%, para 361.000 casais. Exceto pela era do lockdown do Covid, quando casar era quase impossível de qualquer maneira, a taxa de casamentos em 2023 foi dita ser a mais baixa na história moderna da Alemanha, com registros que remontam a 1950.
Baby Crash: French Birthrates At Their Lowest Level Since 1946 https://t.co/BZ4rovTe3V
— Breitbart London (@BreitbartLondon) January 18, 2023
Enquanto o número de novas famílias sendo criadas naturalmente na Alemanha pode estar diminuindo rapidamente, a população do país continua a crescer. Aumentou em 1,1 milhão em 2022, por exemplo, e o crescimento contínuo forte é causado – segundo o próprio reconhecimento do escritório de estatísticas alemão – pela "imigração líquida recorde".
Na verdade, como revelado nesta semana, o "número de trabalhadores estrangeiros de países não pertencentes à UE, que tinham um visto de residência temporária" aumentou impressionantes 19% em um único ano. O total de trabalhadores estrangeiros "temporários" – embora a longa experiência alemã tenha mostrado a longo prazo que eles se mostram tudo menos temporários – vem aumentando constantemente há uma década.
Contados separadamente dos migrantes da União Europeia, solicitantes de asilo e refugiados ucranianos, segundo o relatório, os indianos representam o maior grupo de novos chegados nesse programa de visto, seguidos por russos e turcos.
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