RTN, 19/04/2024
Por Didi Rankovic
Alguns parlamentares do Reino Unido estão pedindo uma revisão independente urgente da Unidade de Contradesinformação, questionando sua transparência e a extensão de sua influência no discurso público.
Alguns membros do Parlamento Britânico querem que uma revisão independente seja feita em relação à Unidade de Contradesinformação (UCD), após uma investigação sobre suas atividades feita pelo defensor da privacidade e das liberdades civis, Big Brother Watch.
A UCD é identificada pelo grupo como, além dos serviços de segurança/inteligência, operando de "uma das maneiras mais opacas no governo." A diretora da Big Brother Watch, Silkie Carlo, acolheu a iniciativa do comitê, mas acrescentou que "a unidade deveria ser imediatamente suspensa e submetida a uma investigação completa."
Nas recomendações ao governo emitidas pelo Comitê de Cultura, Mídia e Esportes da Câmara dos Comuns (DCMS), a UCD também é suspeita de ser insuficientemente transparente e responsável, com "a adequação de sua abrangência" também questionada.
A UCD foi originalmente estabelecida em 2019 como parte do DCMS e, em fevereiro passado, foi "transferida" para o recém-formado Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia.
A controvérsia em torno da UCD tem a ver com a unidade "trabalhando" com mídias sociais durante a pandemia na tentativa de censurar opositores das restrições da Covid, e dos mandatos de vacina expressados pelos cidadãos do Reino Unido.
Entre esses cidadãos estavam ex-ministros e funcionários eleitos, como o primeiro-ministro conservador David Davis, que era cético em relação ao que é conhecido como "modelagem" sobre a Covid – supostamente para descrever uma epidemia usando dados de movimentação da população.
A maneira como a UCD e as plataformas sociais, as maiores como Google e Meta entre elas, são acusadas de colaborar na censura incluiu exclusão de postagens e ocultação de contas.
O relatório do Comitê, instando a uma revisão independente das atividades e estratégias da UCD, quer que o governo apresente os resultados ao parlamento dentro de 12 meses.
Anteriormente, alguns outros parlamentares conservadores, como Paul Scully, defenderam a UCD, alegando que, em vez de mirar indivíduos, estava monitorando "narrativas e tendências" em torno do que escolheu considerar desinformação e manipulação do "ambiente de informação" online.
Não está claro como tais incidentes poderiam ocorrer se as atividades da UCD forem estruturadas como Scully as apresentou –, mas ele acrescentou que "o conteúdo revisado pode incidentalmente incluir dados pessoais."
Ainda assim, este parlamentar e ex-ministro júnior assegurou ao público que a UCD não é "alguma grande unidade de inteligência obscura."
Talvez seja apenas pequena e obscura, poderiam se perguntar os cínicos.
Outros que falaram sobre o que a UCD faz, como Sarah Connolly, que na verdade chefiou a unidade durante a pandemia, descreveram anteriormente "passar informações" para as plataformas com a esperança de "a retirada rápida" do conteúdo como seu objetivo principal.
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Fonte:https://reclaimthenet.org/uk-lawmakers-call-for-probe-into-shadowy-disinformation-squad
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