Reuters, 06/02/2024
QUITO, 6 de fevereiro (Reuters) – A polícia do Equador e da Espanha prendeu pelo menos 30 pessoas em operações simultâneas como parte de uma investigação sobre o crime organizado albanês, disse o escritório do procurador-geral do Equador nesta terça-feira.
Os promotores de ambos os países realizaram 57 buscas em seis províncias do Equador, e em quatro cidades espanholas relacionadas a suposta lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
As buscas ocorreram em meio a uma ofensiva militar lançada pelo presidente do Equador, Daniel Noboa, para combater gangues criminosas no país sul-americano, que ele designou como terroristas.
"A operação foi realizada em colaboração com o escritório do procurador-geral na Espanha (onde 12 das prisões foram feitas e 450.000 euros foram apreendidos), com 45 promotores participando com suas equipes de apoio", disse o escritório do procurador-geral do Equador via redes sociais, sem fornecer mais detalhes.
O dinheiro apreendido vale cerca de US$ 483.000. Os promotores também encontraram dinheiro em espécie e armas de fogo, e apreenderam propriedades e veículos.
Os detidos incluíam pessoas da Colômbia, Argentina, China, Espanha, Equador e Albânia, disse a polícia equatoriana, acrescentando que o grupo era supostamente liderado por um cidadão albanês.
O grupo transportava cocaína da Colômbia para Tulcán, uma cidade na fronteira do Equador, antes de ser levada para centros de coleta em todo o país andino menor, disse William Villarroel, chefe da polícia antidrogas do Equador.
As drogas eram então camufladas em contêineres de exportação de banana para transporte para a Europa, acrescentou.
A organização tinha informações privilegiadas sobre documentos de comércio exterior e alguns de seus membros tinham conexões com exportadores equatorianos.
"No Equador, eles tinham seis empresas e na Espanha, tinham quatro, com grande atividade comercial que facilitava a lavagem de dinheiro", disse Villarroel, acrescentando que o grupo não conseguia explicar cerca de US$ 32 milhões em vendas. Mais pessoas podem estar relacionadas ao caso, disse ele.
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