RTN, 07/02/2024
Por Didi Rankovic
As CBDCs permitem que os governos monitorem e controlem como os cidadãos gastam seu dinheiro.
O Fórum Econômico Mundial (WEF) está fortemente defendendo as CBDCs (moedas digitais do banco central).
Isso, por si só, dá uma pausa aos observadores críticos. Mas vale a pena acompanhar como o WEF conduz esta campanha com o objetivo de adoção o mais ampla possível das CBDCs.
Neste ponto, o "discurso de elevador", promovido pelo grupo informal que reúne as elites globalistas mais influentes, é de transição de simplesmente advogar a favor desta forma massivamente controversa de dinheiro.
Agora, o WEF quer fingir que adotar, ou planejar adotar, as CBDCs é mais ou menos um acordo fechado e avançar para os detalhes técnicos. E ainda assim, mesmo mudando a narrativa desta forma, algumas decisões decididamente políticas, a serem tomadas por governos e reguladores, também são promovidas.
Uma delas é referida como "interoperabilidade" das CBDCs como uma condição prévia necessária para tornar esta moeda centralizada – controlada pelo governo e vinculada à identidade das pessoas – bem-sucedida.
O site do WEF diz que as CBDCs assumem duas formas: varejo para indivíduos e a versão no atacado para bancos e outras instituições financeiras.
Antes de chegar ao ponto, o artigo também fala sobre "formas continuamente evoluídas de se envolver com os clientes" sendo "a única maneira" de mantê-los felizes.
Existem outras maneiras, no entanto: que tal não construir gaiolas financeiras douradas para as pessoas, em vez disso, respeitar sua privacidade e direito de acesso não monitorado e irrestrito aos próprios ativos?
Não é algo que o WEF jamais considerará, então podemos muito bem seguir em frente – o grupo pensa que um problema com a adoção das CBDCs é uma questão de natureza técnica e formal – será que as versões no atacado, varejo ou ambas serão adotadas por um determinado país?
Agora chegamos à "interoperabilidade". O WEF tem um white paper inteiro dedicado a isso, intitulado "Princípios Globais de Interoperabilidade da Moeda Digital do Banco Central".
Ele diz algo sobre os velhos hábitos dos grandes países ricos ressurgindo, quando se descobre que economias pequenas (e menos afortunadas) estão entre os estados que já estão usando as CBDCs: Bahamas, Jamaica, Nigéria e União Monetária do Caribe Oriental.
Nas Bahamas, o CBDC de varejo existe desde 2019 e é chamado de "Sand Dollar" – vinculado ao dólar dos EUA.
E isso, em uma frase, é uma boa síntese do que são as CBDCs e como elas não devem ser confundidas com criptomoedas descentralizadas e de código aberto.
Artigos recomendados: CBDC e FEM
Fonte:https://reclaimthenet.org/world-economic-forum-pushes-for-interoperability-of-centralized-currency
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