PP, 22/01/2024
A detenção do 'Comandante Gringo' ocorreu em meio ao "conflito armado interno" declarado no início de janeiro pelo presidente Daniel Noboa para combater as organizações criminosas, dedicadas principalmente ao narcotráfico, e que foram classificadas como grupos terroristas.
Quito, 22 de jan (EFE) – A Polícia Nacional do Equador anunciou nesta segunda-feira a detenção, em território equatoriano, do colombiano Carlos Arturo Landázuri, mais conhecido como 'Comandante Gringo' e considerado o líder do Frente Oliver Sinisterra, uma das "dissidências" das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
A prisão ocorreu na noite de domingo durante uma operação em uma propriedade na província de Imbabura, no norte dos Andes equatorianos, conforme detalhado pela polícia através de seus canais oficiais.
O Frente Oliver Sinisterra, responsável pelo assassinato de três equatorianos membros do jornal El Comercio em 2018, opera entre o departamento colombiano de Nariño (sul) e a província equatoriana de Esmeraldas (norte), onde, segundo a polícia equatoriana, possui vínculos com uma quadrilha agora considerada terrorista pelo governo.
A detenção do 'Comandante Gringo' ocorre em meio ao "conflito armado interno" declarado desde o início de janeiro pelo governo equatoriano, para combater as organizações criminosas, dedicadas principalmente ao narcotráfico, e que foram classificadas como grupos terroristas e atores beligerantes não estatais.
Em meados de dezembro passado, cerca de quinze supostos membros do Frente Oliver Sinisterra foram capturados em Esmeraldas, perto da fronteira do Equador com a Colômbia, incluindo Janer Cortés Ortiz, conhecido pelo pseudônimo 'Guasón', identificado pelas autoridades como o terceiro no comando.
De acordo com o Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, 'Guasón' estava envolvido em atividades relacionadas ao narcotráfico na zona fronteiriça.
Os militares equatorianos entregaram 'Guasón' imediatamente ao Exército da Colômbia na ponte fronteiriça sobre o rio Mataje, pois ele estava sendo procurado pela Justiça colombiana por homicídio agravado, fabricação de bomba, tráfico, porte e posse de armas.
A região fronteiriça de Esmeraldas com a Colômbia, onde atua o Frente Oliver Sinisterra, é uma das mais agitadas do Equador devido à violência das organizações criminosas, que a transformaram em um corredor para transportar cocaína em direção à costa e aos portos equatorianos.
O Frente Oliver Sinisterra ficou conhecido no Equador em 2018 pelo assassinato da equipe jornalística do jornal El Comercio, composta pelo jornalista Javier Ortega, pelo fotógrafo Paúl Rivas e pelo motorista Efraín Segarra, em uma ação liderada por Walter Patricio Arizala ('Guacho'), que meses depois foi abatido em território colombiano em uma operação militar.
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