FPM, 31/01/2024
Por Robert Spencer
Quando estivermos preocupados com a mudança climática, basta jogar sopa na Mona Lisa.
Os ativistas climáticos estão convencidos de que a irresponsabilidade humana levou ao aquecimento catastrófico do planeta, a ponto de as pessoas passarem fome. Mas agora eles encontraram uma solução: desfigurar as grandes obras de arte do mundo com sopa. No domingo, a Mona Lisa recebeu o tratamento, e eu já me sinto mais refrescado.
Duas mulheres com camisetas escrito "Riposte Alimentaire," ou seja, Contra-Ataque Alimentar, entraram no Louvre em Paris, foram até a Mona Lisa e gritaram: "O que é mais importante? A arte ou o direito a alimentos saudáveis e sustentáveis? Seu sistema agrícola está doente. Nossos agricultores estão morrendo no trabalho."
Isso foi um vislumbre da mente confusa de um esquerdista. A Mona Lisa tem adornado o mundo com sua presença desde o século XVI. Quando Leonardo da Vinci a pintou pela primeira vez, ele não negou a ninguém o direito a alimentos saudáveis e sustentáveis ao fazê-lo. Nem a existência contínua da renomada pintura empobrece ou famina alguém. E nosso sistema agrícola está de fato doente, não por causa de capitalistas gananciosos aquecendo o planeta, mas porque (por um motivo) de internacionalistas socialistas (como os da Riposte Alimentaire) que estão forçando o fechamento de fazendas na Alemanha e nos Países Baixos, e destruindo o sustento dos agricultores, em nome da ação climática.
BREAKING: Climate activists threw soup at the Mona Lisa in the Louvre Museum today. Employees responded by holding up curtains to block visitors from seeing.
— Libs of TikTok (@libsoftiktok) January 28, 2024
These climate t*rr*rists need to be arrested and given long prison sentences. This needs to stop. pic.twitter.com/2sRi179Eih
No entanto, apesar de sua proclamação não fazer sentido algum, elas então prosseguiram em encharcar o vidro protetor que impede terroristas como eles de danificar a Mona Lisa com sopa. E a Riposte Alimentaire nem está sozinha em empregar essa tática lunática. Em outubro de 2022, adeptos fanáticos contra o fim do mundo climático de cabelo roxo, de um grupo chamado Just Stop Oil, jogaram sopa de tomate na famosa pintura Girassóis de Vincent Van Gogh na Galeria Nacional de Londres, porque é uma pintura a óleo. Sério. No mesmo mês, ativistas lançaram purê de batatas nos Fardos de Feno de Claude Monet no Museu Barberini em Potsdam, Alemanha, antes de colarem suas mãos na parede e se estabelecerem para um longo dia de pregação climática, mitologia, propaganda e sloganeering. A Mosa Lisa também foi atacada antes, por um maluco que sujou seu vidro protetor com bolo em maio de 2022.
É uma forma irritante e estúpida de protesto. Todo esse caldo (e purê de batatas, e bolo) não poderia ter sido usado para alimentar as pessoas famintas pelas quais esses esquerdistas supostamente estão protestando? Em todo caso, vai haver muito mais disso, e pior. Uma razão principal para isso é que, à medida que esse vandalismo auto-justificado e ignorante continua, as autoridades pouco ou nada fazem para detê-lo. No Louvre no domingo, tudo o que os funcionários de segurança do museu fizeram foi colocar telas pretas entre os lançadores de sopa da Riposte Alimentaire e os visitantes horrorizados do museu, que foram então evacuados.
As autoridades provavelmente hesitam em agir porque essencialmente são tão de esquerda quanto os manifestantes climáticos. A Riposte Alimentaire exigiu a integração dos "alimentos no sistema de seguridade social geral", e o fim de um sistema econômico que "estigmatiza os mais precários e não respeita nosso direito fundamental à alimentação." Eles querem que o governo francês dê aos cidadãos (e quase certamente aos não cidadãos também) $162 por mês para alimentação, sem amarras. Quem terá que pagar por isso? A Riposte Alimentaire estava ocupada demais jogando sopa para explicar isso.
Apesar de sua clara simpatia pelos manifestantes, os museus provavelmente começarão a instituir medidas de segurança mais eficazes. No entanto, os manifestantes provavelmente também intensificarão suas ações. Quando perceberem que as estripulias juvenis nos museus não estão trazendo o mundo de volta da beira do apocalipse climático, em que foram habilmente levados a acreditar que está no horizonte, eles não vão recuar ou reexaminar suas falsas premissas. Em vez disso, passarão de perpetrar o que parecem ser brincadeiras inofensivas contra obras-primas artísticas para realmente destruí-las. Por um lado, os esquerdistas estão derrubando estátuas de heróis militares e políticos por causa do racismo e de outras deviações de sua linha política. E, enquanto isso, também estão mirando obras-primas artísticas não políticas para emitir seus chamados lunáticos para a implementação do socialismo, uma ideologia política que com demasiada frequência foi espetacularmente opressiva e falhou em trazer justiça econômica.
Sobreviverá o patrimônio artístico mundial a essa loucura relativamente ileso? Podemos esperar.
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