NTN24, 08/12/2023
O Ministério Público do país centro-americano argumenta sua decisão garantindo que houve muitas irregularidades no primeiro turno.
A Procuradoria da Guatemala garantiu esta sexta-feira que as suas investigações determinaram que as eleições em que foi eleito Bernardo Arévalo, contra as quais conduz uma ofensiva judicial, são “nulas” devido a alegadas irregularidades no primeiro turno.
Em conferência de imprensa, a procuradora Augenia Morales afirmou que houve "anomalias nos minutos finais do encerramento do escrutínio" pelo que "são nulas e sem efeito para as eleições de presidente, vice-presidente, deputados, corporações e deputados ao Parlacen (Parlamento Centro-Americano)".
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A responsável explicou que as atas não foram aprovadas “pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, pelo que não deveriam ter sido utilizadas para registrar os resultados.
O chefe do Ministério Público contra a Impunidade, Rafael Curruchiche, presente na conferência de imprensa, garantiu que todas “as informações que foram registradas na cerimônia de encerramento e escrutínio em todas as juntas de recepção de votos deverão ser anuladas”.
Secretaria General de la OEA condena intento de golpe en Guatemalahttps://t.co/riJMCvYfki pic.twitter.com/N3INhg5OQS
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) December 8, 2023
“Vamos apresentar esta informação criminal ao Tribunal Supremo Eleitoral para que possam analisá-la nos próximos dias”, e será essa instituição que “conseguirá apurar o que poderá acontecer”, que “tomará a decisão neste sentido", afirmou.
Na mesma conferência de imprensa, o Ministério Público também acusou Arévalo de alegadas ilegalidades na formação do seu partido, Semilla, em 2018, além de um alegado caso de branqueamento de capitais, pelo qual insistiu que a sua imunidade de acusação fosse retirada do presidente eleito.
As acusações são uma nova tentativa do Ministério Público, liderado pela procuradora-geral Consuelo Porras, de impedir que Arévalo, que surpreendentemente venceu o segundo turno das eleições em agosto, assumisse o poder em 14 de janeiro, segundo seus apoiadores.
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