Euronews, 28/11/2023
O Sultão Al Jaber já é alvo de controvérsia por liderar a COP 28 e ser presidente da gigante petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, Adenoc.
O presidente da próxima conferência COP 28 no Dubai, Sultan Al Jaber, está no centro de alegações que sugerem que os Emirados Árabes Unidos (EAU) planeavam utilizar as reuniões sobre o clima, no âmbito da cimeira mundial, para promover acordos para as suas próprias empresas nacionais de petróleo e gás.
O Sultão Al Jaber já é alvo de controvérsia por liderar a COP 28 e ser presidente da gigante petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, Adenoc.
De acordo com documentos que vieram a público, a sua equipa estaria a preparar reuniões com pelo menos 27 governos estrangeiros antes da cimeira COP28, que começa no próximo dia 30 de novembro.
Os documentos incluíam "pontos de discussão" e propostas. Um dos exemplos divulgados é um documento para a China que afirma que a Adnoc está "disposta a avaliar conjuntamente as oportunidades internacionais de GNL [gás natural liquefeito]" em Moçambique, Canadá e Austrália.
A ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, que é uma figura proeminente devido à participação na COP28, tem preocupações sobre esses aparentes acordos privados nos bastidores da conferência.
“É muito preocupante porque as percepções importam e já havia a percepção de que a presidência estava um pouco comprometida e isso pode tornar a situação ainda mais difícil. Não temos tempo para uma má COP. Temos que ter o máximo progresso possível nesta COP porque estamos a ficar sem tempo."
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a urgência e a necessidade de nada prejudicar a conferência climática.
“Os líderes devem agir para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus, proteger as pessoas do caos climático e acabar com a era dos combustíveis fósseis", afirmou.
A equipa da COP do Dubai rejeitou qualquer implicação de um conflito de interesses e que "o Dr. Sultan al-Jaber está singularmente focado nos negócios da COP e na obtenção de resultados climáticos ambiciosos e transformacionais".
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