Hoy, 04/11/2023
Os líderes dos EUA, do Canadá e de dez países da AL comprometeram-se a fazer desta aliança um fórum duradouro para o desenvolvimento económico na região
A primeira Cimeira da Aliança para a Prosperidade Econômica nas Américas (APEP) concluiu-se esta sexta-feira na Casa Branca com um acordo de prioridades entre os doze líderes políticos participantes e com a guerra em Gaza a entrar sorrateiramente na conversa.
Um fórum duradouro
Os líderes dos Estados Unidos, do Canadá e de dez países latino-americanos comprometeram-se a fazer desta aliança um fórum duradouro para o desenvolvimento económico da região, e selaram o seu compromisso com um acordo mínimo, que não contém números, mas linhas gerais.
Não há referências a Israel no texto, uma vez que a cimeira tratou do desenvolvimento econômico da região, mas tal como confirmado pelos participantes, foi um dos temas discutidos.
A informação foi confirmada à imprensa pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro. O colombiano garantiu que pediu ao seu homólogo americano, Joe Biden, que tome medidas para impedir a morte de civis na Faixa de Gaza. “Eu disse a Biden que o massacre não poderia continuar a ser permitido”, disse o presidente num comunicado em frente à residência do embaixador colombiano nos Estados Unidos.
Petro explicou que embora o presidente dos EUA não tenha respondido, espera ter “registrado” a sua posição.
Por sua vez, o presidente chileno, Gabriel Boric, afirmou que deixa Washington sabendo que Biden compartilha a preocupação sobre a possível resposta desproporcional de Israel no seu ataque a Gaza.
“A tranquilidade que tenho desta viagem é que o presidente Biden sabe que compartilho da preocupação”, afirmou num encontro com a comunicação social. Ele também conversou sobre o assunto com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e com o presidente colombiano, Gustavo Petro, com quem se encontrou pela manhã.
Boric e Petro são dois dos líderes latino-americanos que mais criticam a resposta que Israel está dando na Faixa de Gaza para acabar com o Hamas.
O presidente chileno também transmitiu sua preocupação a Biden em reunião privada que tiveram na quinta-feira na Casa Branca, enquanto em evento realizado no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), apelou aos países latino-americanos que se unissem para exigir que “haja respeito direito internacional” no conflito.
A Aliança para a Prosperidade Económica nas Américas é uma iniciativa que Biden lançou em 2022 durante a Cimeira das Américas em Los Angeles, e que visa combater a desigualdade econômica e promover a integração regional.
O primeiro encontro
Esta sexta-feira foi a primeira e participaram Biden, Petro, Boric, Trudeau e os presidentes do Peru, Dina Boluarte; Uruguai, Luis Lacalle Pou; República Dominicana, Luis Abinader; Costa Rica, Rodrigo Chaves; e Equador, Guillermo Lasso. Também a Primeira-Ministra de Barbados, Mia Mottley, bem como as Chanceleres do México, Alicia Bárcena, e do Panamá, Janaina Tewaney. O dia começou com uma fotografia oficial dos líderes em frente ao pórtico sul da Casa Branca.
Em seguida, deslocaram-se para uma sala e Biden fez um discurso inaugural no qual enfatizou a importância de promover o crescimento da classe média em toda a região, abordagem que é central para a sua política econômica nos Estados Unidos e que também utiliza para a sua política no exterior. Depois disso, os participantes realizaram uma reunião a portas fechadas e depois deixaram a Casa Branca.
Uma declaração final de mínimos
Na declaração final, os países comprometem-se a que a APEP sirva como uma plataforma regional duradoura para levar a cabo uma agenda de desenvolvimento socioeconômico “ambiciosa, flexível e orientada para objetivos”.
Os líderes afirmaram ter identificado cinco prioridades que orientarão o trabalho deste novo fórum – “Fortalecer a competitividade e integração regional”, “promover a prosperidade compartilhada e a boa governação”, “construir infraestruturas sustentáveis”, “proteger o clima e o ambiente” e “promover comunidades saudáveis”.
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Fonte:https://hoy.com.do/lideres-america-cierran-cumbre-hablan-de-gaza/
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