Horácio Cartes |
ED, 07/10/2023
O ex-presidente rejeitou a declaração de Francisco Luis Correa que o implicou no assassinato do promotor paraguaio
O ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes descreveu nesta sexta-feira (06/10/2023) como “infundada” a declaração de Francisco Luis Correa, investigado por supostamente organizar o assassinato do promotor Marcelo Pecci em maio de 2022, e que o acusou de planejarem o crime juntos com o suposto traficante de drogas Miguel Ángel Insfrán, vulgo "Tío Rico".
“Imensamente indignado com uma acusação infundada, claramente montada com o desejo de me prejudicar”, publicou Cartes, que governou o Paraguai entre 2013 e 2018, em sua conta na rede social X (antigo Twitter). “Sempre tive apreço e admiração pelo promotor Marcelo Pecci e me dói ver na memória dele e de sua família, essa mentira terrível”, acrescentou.
Questionado sobre o assunto pela imprensa local, Pedro Ovelar – advogado do ex-presidente – qualificou a acusação como “absolutamente infundada, injusta”, “manipulada” e “distorcida” e alertou que pode vir “de algum setor obscuro nacional ou internacional”.
Ovelar declarou-se “com a tranquilidade e a segurança de defender um inocente”, que afirmou “mais uma vez sentir que seus direitos foram violados”.
As acusações contra Horácio Cartes
Em audiência na Colômbia, Correa disse que “o Dr. Marcelo Pecci havia prendido cada um de seus irmãos”, então “eles não iam deixar quieto” e tomaram a decisão de matá-lo.
“Tanto o ex-presidente quanto o senhor 'Tio Rico' foram quem começaram a planejar e contataram os irmãos (Andrés Felipe e Ramón Emilio) Pérez Hoyos e a senhora Margaret (Lizeth Chacón Zúñiga) para realizar o assassinato do Dr", disse a testemunha.
Pecci, um dos mais importantes promotores antimáfia do Paraguai, foi assassinado em maio de 2022 por pistoleiros que viajavam de jet ski quando ele estava na praia de um hotel na ilha de Barú, perto de Cartagena das Índias, comemorando sua lua de mel com sua esposa, a jornalista paraguaia Claudia Aguilera.
Em abril passado, o Ministério Público acusou Chacón Zúñiga de ter participado do planejamento do assassinato do procurador paraguaio. Por outro lado, em fevereiro a Polícia Nacional e o Ministério Público do Paraguai confirmaram a captura de “Tío Rico” no Brasil, como parte de uma operação contra o crime organizado.
As autoridades colombianas prenderam um total de sete pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato do promotor, um crime o qual os investigadores acreditam que possa estar relacionado o Primeiro Comando da Capital (PCC), gangue nascida nas prisões do Brasil e que tem uma presença em quase toda a região. Além disso, houve prisões no caso na Venezuela e em El Salvador.
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Fonte:https://eldeber.com.bo/dw/testigo-acusa-a-horacio-cartes-por-crimen-de-marcelo-pecci_342612
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