Euronews, 21/09/2023
Varsóvia salienta, no entanto, que armas de outros países podem continuar a passar pelo seu território
A Polónia anunciou que vai deixar de enviar armas para a Ucrânia, numa altura em que se agrava a tensão em torno da importação de cereais.
O primeiro-ministro polaco Mateus Morawiecki declarou que o seu país necessita dos recursos para modernizar o seu próprio exército e que esta decisão não está relacionada com o braço de ferro sobre os cereais.
Mas a verdade é que a medida surge após o discurso de Volodymyr Zelenskyy na ONU, no qual o presidente ucraniano afirmou que a Polónia e os seus vizinhos estavam a fazer o jogo da Rússia ao proibir a importação de cereais ucranianos. Varsóvia reagiu prontamente.
"Essas palavras sobre a Polónia estar a apoiar a Rússia são completamente inconsistentes com a realidade. É muito doloroso para muitas pessoas na Polónia, porque milhões de polacos ajudaram a Ucrânia, os refugiados ucranianos, e continuamos a ajudá-los. Por isso, essas palavras não devem ser ditas", declarou Pawel Jablonski, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco.
A Polónia acolhe cerca de um milhão de refugiados ucranianos e foi um dos primeiros países a oferecer um fornecimento significativo de tanques e outro armamento pesado.
Mas as relações são cada vez mais tensas por causa dos carregamentos de cereais da Ucrânia, que fizeram baixar os preços para os agricultores da Polónia e de outros países da região.
Antes da guerra, a Ucrânia escoava esses e outros produtos agrícolas através dos portos no Mar Negro.
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Fonte:https://pt.euronews.com/2023/09/21/polonia-corta-fornecimento-de-armas-a-ucrania
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