Military, 15/09/2023
Por Blake Stiwell
Este é um chamado às armas para qualquer um que foi informado de que jogar videogame nunca os levaria a lugar nenhum no mundo real.
A MITRE, uma empresa de segurança nacional sem fins lucrativos, abriu inscrições para seu torneio de esportes eletrônicos, GameX: Mission Generation Under Attack, uma colaboração com a Força Aérea para ajudar a Força a “entender melhor as escolhas logísticas da missão e a priorização durante o ataque”, de acordo com a MITRE.
Os participantes do torneio de esportes eletrônicos jogarão o jogo “Drone Guardians”, uma mistura de jogos de tiro em primeira pessoa, estratégia e quebra-cabeças que exige equipes de cinco pessoas para defender um local implantado enquanto lançam missões de aviões de combate.
Mas defender sua base aérea não será tão fácil quanto encarregar alguns F-35 de matar o inimigo. Os ataques à sua equipe serão multidomínios, o que significa que podem vir da terra, do ar, do mar, do espaço ou do ciberespaço – ou todos de uma vez. Sua equipe terá que decidir o que é mais importante ao equilibrar a defesa da base com a elaboração de sortie.
Para quem está se perguntando como travar batalhas falsas contra um inimigo determinado, mas fictício, ajuda em alguma coisa, a competição está coletando dados para um experimento "humano no circuito". Isso significa que o jogo pode ajudar a Força Aérea a construir e testar algoritmos de aprendizado de máquina que podem ajudar o Centro de Instalação, e Apoio à Missão da Força Aérea dos EUA a manter bases aéreas reais abastecidas, felizes e vivas, o que é muito importante para os aviadores e guardiões que os dirigem.
“Mesmo sem a intervenção do adversário, as redes logísticas militares podem ser frágeis e caóticas, ao mesmo tempo que apresentam pontos únicos de falha, criando oportunidades propícias para ataques”, disse Eliahu Niewood, vice-presidente das Forças Aéreas e Espaciais do MITRE, num comunicado. "Além disso, à medida que os militares planejam e realizam o movimento, fornecimento e manutenção de suas forças, eles facilmente poderiam já estar sob ataque no próximo conflito global. A GameX usa participantes militares e civis para testar quais decisões logísticas melhor permitirão a missão."
Esta não seria a primeira vez que os militares dos EUA usariam videogames para se preparar para situações do mundo real. Em 1993, o Exército usou um Super Nintendo especialmente projetado para avaliar a pontaria de seus soldados. Chamado de "Simulador de Combate Arcade Multiuso" (ou MACS), apresentava alvos usados em qualquer alcance militar enquanto ensinava os soldados a zerar suas armas.
Mais tarde, a Raytheon criou um simulador de combate de realidade virtual que poderia rastrear o movimento de todo o corpo de um soldado. Mais tarde, as empresas de jogos se envolveram com o treinamento em videogames. Em 2004, a THQ criou "Full Spectrum Warrior", que foi lançado ao público. A versão do jogo do Exército pode ser desbloqueada usando um código. O exemplo mais famoso de treinamento em videogame, no entanto, é provavelmente o “America's Amry”, de 2002, um premiado jogo de tiro em primeira pessoa que sobreviveu através de PC, Xbox e dispositivos móveis.
Esses jogos foram usados para recrutamento e treinamento para ajudar as tropas do mundo real a vencer batalhas, mas como diz o velho ditado: “A logística vence as guerras”. Os jogadores que participarem do Torneio GameX eSports ajudarão na prontidão logística da Força Aérea usando habilidades que apenas anos de jogo poderiam fornecer.
Além de potencialmente garantir o futuro da América e a vida daqueles que servem, os vencedores diários receberão US$ 1.000 e os prêmios serão distribuídos ao longo do dia. Os participantes devem ter pelo menos 18 anos para participar. Indivíduos e equipes podem se inscrever no site do GameX eSports Tournament. Os torneios serão realizados em três locais durante três períodos diferentes.
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