16 de ago. de 2023

Santiago Peña assume a Presidência do Paraguai: promessas vazias de combate a corrupção e progresso econômico




Nota do editor

 

Santiago Peña Palacios, um dito economista do FMI e membro do corrupto Partido Colorado, assume a presidência do Paraguai dando continuidade a hegemonia do partido no poder. O partido governa ininterruptamente o país há décadas, e a única renovação de fato na política é somente nos quadros internos do partido, que se revezam para governar. Enquanto no Equador partidos políticos e candidatos sofrem as consequências por não honrar pactos com o narcotráfico, o partido de Santiago já firmou há muito tempo vínculos fortes com ele, de tal forma que as rotineiras denúncias do conluio de seus quadros com organizações terroristas, como o Hezbollah, não parece ofuscar a corrupta e razoável administração do partido. De Cartes a Velázquez, não importa: as acusações de corrupção e conluio com o crime organizado não parece incomodar um eleitorado cego, que não consegue perceber que o intocável modelo colorado tem um segredinho sujo, as mãos ensanguentadas do narcotráfico. Cartes foi denunciado no esquema da operação Cambio Desligo, que envolvia um doleiro da Lava-Jato, mostrando assim a extensão da corrupção do esquema petista para muito além dos tradicionais partidos de esquerda. De fato, se o esquema da Lava Jato provou uma coisa, foi que os esquemas de corrupção política iam muito além de um espectro político, e chegavam até a outra extremidade. 


Além de Cartes, o ex-presidente Andrés Pastrana da Colômbia, e Juan Manuel Santos, também estavam envolvidos diretamente nos esquemas de corrupção da Odebrecht. A Lava Jato ainda existe no Peru, por exemplo, onde o ex-presidente de "direita" Kuckzynsky também estava envolvido, e obviamente o seu vice, Martin Vizcarra. Agora Peña fala em reatar laços com Maduro, uma postura um tanto curiosa de alguém que se diz um democrata anticorrupção de um partido notoriamente corrupto. E por falar em hegemonia, não é de hoje que o partido Colorado tenta subverter a ordem: em 2017, Horácio Cartes tentou passar na calada da noite uma tentativa de reeleição, mas houve comoção contra. Os paraguaios, quem diria, são contra reeleição, mas elegem rotineiramente o mesmo partido, só que com caras diferentes. O presidente paraguaio promete uma gestão um pouco diferente do seu antecessor; uma relação diplomática mais ampla, dessa vez dando prioridade a Israel do corrupto Netanyahu, e até mesmo o regime genocida de Nicolás Maduro, além de Taiwan. A diplomacia paraguaia é tão duvidosa quanto sua política doméstica. Peña vem de uma escola econômica que cogita uma agenda mais globalizada, e não será difícil enxergar nele um executor da agenda ESG. Enquanto se esconde por trás de uma fachada de conservadorismo, suas ações e as denúncias contra o seu inabalável partido falam por si só. O Conservadorismo também pode ser uma fachada, assim como o progressismo anti-imperialista pode acabar dando espaço para agendas do interesse do tal grande capital, que nada mais é do que um clube de metacapitalistas globalistas. Cabe as pessoas perceber o óbvio! 


NTN24, 15/08/2023 



Durante seu discurso de posse, o novo presidente dos paraguaios abordou diversos temas como democracia, corrupção e pobreza, entre outros.

Santiago Peña Palacios, que foi eleito presidente do Paraguai nas eleições realizadas em 30 de abril de 2023, assumiu o cargo de chefe de Estado durante cerimônia de posse realizada em Assunção, capital do país.



Em sua primeira mensagem como Presidente da República, Peña Palacios afirmou que durante seu mandato "trabalhará incansavelmente pelo bem-estar da nação junto com uma equipe de primeira linha, guiada por uma visão estratégica, liderança sólida, governança participativa, e habilidades de negociação efetivas.

O recém-empossado presidente, que repetidamente disse que "adoraria restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela", afirmou durante seu discurso de posse que "os problemas da democracia se resolvem com mais e melhor democracia".

Da mesma forma, abordou o tema da corrupção e indicou que este problema se resolve com “uma justiça independente, imparcial e pronta com recursos suficientes para garantir uma administração adequada e homogênea em todo o território nacional”.

"Implementar políticas pró-transparência que tiveram sucesso em outros países, e que nos permitirão mostrar ao mundo e a nós mesmos que o Paraguai está muito melhor do que algumas histórias infelizmente mostram", afirmou .

Quanto aos problemas que existem em relação à questão econômica e à pobreza, o presidente Peña destacou que “os problemas de crescimento e erradicação da pobreza se resolvem com economias de mercado abertas, corretamente reguladas e com regras de jogo claras e estáveis”.

Acredito em um Estado efetivo, eficiente, mas limitado em seu tamanho e interferência. Crio um Estado que garanta firmemente o respeito à propriedade privada, mas que lute com a mesma firmeza para que cada cidadão tenha acesso à tão esperada propriedade privada”, acrescentou.

Artigos recomendados: Paraguai e Hezbollah 


Fonte:https://www.ntn24.com/noticias-politica/santiago-pena-asume-la-presidencia-de-paraguay-los-problemas-de-corrupcion-se-resuelven-con-justicia-independiente-437643 

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