ED, 24/07/2023
Milhares de católicos, evangélicos e pessoas da sociedade civil realizaram a 'Marcha pela Criança e pela Família'.
Milhares de hondurenhos, convocados por grupos católicos e evangélicos, marcharam neste sábado na capital e em outras cidades do país para exigir que o governo vete uma lei de educação sexual que, segundo os manifestantes, promove a "ideologia de gênero". A Sociedade Civil também esteve presente. Todos eles marcharam pacificamente.
As forças policiais forneceram segurança a membros das igrejas católica e evangélica e organizações da sociedade civil. Muitos carregavam uma bandeira nacional hondurenha ao protestar contra a ideologia de gênero durante a chamada “Marcha pelas Crianças e pela Família” promovida pelo movimento “Por Nuestros Niños”, em Tegucigalpa em 22 de julho de 2023.
“Por Nuestros Niños” foi iniciado pela plataforma “Famílias”, da Igreja Católica e da sociedade civil, e à qual se juntou posteriormente a associação de pastores Tegus APT. O movimento “Por Nossas Crianças” também teve uma presença massiva de pessoas em cidades como La Ceiba, San Pedro Sula e Catacamas.
“Protestamos contra a ideologia de gênero porque é prejudicial à família hondurenha”, disse a escritora Gladys Pavón durante a grande marcha que percorreu várias ruas de Tegucigalpa.
Os manifestantes exigiam que a presidente de esquerda, Xiomara Castro, vetasse a Lei de Educação Integral para Prevenção da Gravidez na Adolescência, aprovada pelo Congresso em março passado para jovens, mas ainda não entrou em vigor.
"Sim ao projeto original da família" e "Somos todos pró-vida", apontaram alguns cartazes na manifestação onde exibiam uma bandeira gigante hondurenha.
Queremos "pedir ao presidente com todo o respeito que não permita que esta lei seja aprovada, porque é uma lei que ameaça a família, destrói a família, como já a destruiu em outros países", disse o padre católico Luis Gómez no protesto.
Segundo dados do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), um em cada quatro nascimentos em Honduras é de uma menina com menos de 19 anos, colocando o país como o segundo país da América Latina com maior índice de gravidez na adolescência.
O UNFPA, em comunicado divulgado em junho, expressou sua preocupação “diante das campanhas de desinformação” no país “que incitam mensagens de ódio” em relação à regulamentação, que considerou uma “lei necessária e pertinente que busca atender à preocupante realidade da gravidez na adolescência”.
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