YLE, 07/07/2023
No início dos anos 2000, a Finlândia tinha cerca de 100.000 fazendas, mas hoje menos da metade desse número permanece.
O número de pessoas na Finlândia que ganham a vida com a agricultura, diminuiu em um quarto na última década, de acordo com o Natural Resources Institute Finland (Luke).
O instituto descobriu que o número de fazendas finlandesas caiu de cerca de 59.500 em 2010 para pouco mais de 43.600 em 2022, marcando uma queda notável de 27%.
Na virada do século, a Finlândia ostentava mais de 100.000 fazendas.
Particularmente, as fazendas com menos de 100 hectares experimentaram um declínio significativo nos números. Houve, no entanto, um ligeiro aumento no número de fazendas entre 100 e 150 hectares, bem como aquelas acima de 150 hectares.
O diretor da Agência Imobiliária ProAgria, Markku Koivisto, disse que, embora as terras vazias sejam relativamente fáceis de vender, as fazendas com um número maior de edifícios lutam mais para atrair compradores. A ProAgria é uma organização especialista finlandesa que atende empreendedores rurais.
Koivisto acrescentou que o setor agrícola provavelmente passará por uma grande reestruturação nos próximos anos, à medida que os agricultores enfrentam crescentes pressões financeiras.
“As margens por hectare e por animal vêm caindo, então se você quer lucrar com sua fazenda, precisa de uma unidade cada vez maior”, disse.
Mudanças no sistema de subsídios, e pressões climáticas na reforma política da UE
O Eurostat, o escritório de estatísticas da UE, estima que o número de fazendas na União Europeia caiu aproximadamente 37% entre 2005 e 2020.
Em resposta a esta tendência, a UE decidiu reformar sua Política Agrícola Comum (PAC) para favorecer fazendas menores, entre outras coisas. Através da sua nova estratégia Farm to Fork, a Comissão pretende melhorar a posição dos produtores, apoiar as pequenas e médias explorações agrícolas e atrair novos empresários para o setor.
A política atualizada da UE também envolve metas climáticas mais rígidas, com foco adicional na sustentabilidade e a remoção de certas práticas de subsídio.
O especialista do ProAgria, Jarkko Storberg, disse que a nova política de financiamento pode levar a mais fechamentos de fazendas, a princípio. Isso ocorre porque os agricultores mais velhos, em particular, podem ter dificuldades para se adaptar às mudanças e enfrentar dificuldades para aprender novas práticas.
“É comum, principalmente, que os agricultores mais velhos saiam quando novas coisas para aprender aparecem”, observou ele.
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