Euronews, 08/07/2023
Iniciativa gerou um coro de críticas. Secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se contra o uso contínuo lembrando o impacto potencial sobre civis.
No rescaldo das críticas, a Casa Branca e o Pentágono tentam justificar os planos de envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia como parte de um novo pacote militar.
Alegam que são importantes para a contraofensiva da Ucrânia, que acusa a Rússia de recorrer ao uso do mesmo tipo de munições, mas que tudo se processará de forma a mitigar riscos.
"Estamos a trabalhar com a Ucrânia para minimizar os riscos associados à decisão. O governo ucraniano deu-nos garantias, por escrito, sobre o uso responsável das bombas de fragmentação, incluindo que não usarão as munições em ambientes urbanos com população civil e que registarão os locais onde vão usá-las, o que simplificará os esforços posteriores de desminagem”, sublinhou, em conferência de imprensa, Colin Kahl, subsecretário de Defesa para Assuntos Políticos dos EUA.
Este tipo de bombas multiplica-se em várias pequenas munições e acabam por se propagar por áreas mais vastas do que outros projéteis.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se contra o uso contínuo lembrando o impacto potencial sobre civis.
"O secretário-geral apoia a Convenção sobre Munições Cluster que, como se sabe, foi adotada há 15 anos. Quer que os países respeitem os termos da convenção”, insistiu Farhan Haq, vice-porta-voz do secretário-geral da ONU.
O Pentágono diz que se fornecerão munições com uma "taxa de insucesso" reduzida, o que significa que haverá muito menos cartuchos não detonados que podem resultar em mortes não intencionais de civis.
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