PP, 23/05/2023
Acabar com a saúde não é a única barbárie que este governo quer impor. As terríveis reformas Trabalhista e da Previdência também dão sinais de que serão aprovadas sem muita resistência por este Congresso.
Nesta semana poderia ser definida a Reforma Sanitária do presidente Petro, que descarta todos os avanços conquistados ao longo de 30 anos pela Lei 100, que foi lapidada a níveis inimagináveis. Um sistema de saúde que atingiu uma cobertura quase universal e que fornece um alto percentual dos serviços e tratamentos mais caros, independentemente da origem do paciente. Um sistema que deu a todo o tipo de pessoas, e sem colocar um cêntimo, cuidados que nunca poderiam ter pago, conseguindo aceder a transplantes de órgãos, tratamentos contra doenças como o cancro, VIH ou diabetes, diálise permanente, atendimento a traumas por acidente ou casos de violência e muitas outras coisas. Hoje, praticamente qualquer ato médico é caro, mas ninguém precisa mais vender a casa para conseguir atendimento em clínicas de primeira linha.
No entanto, tudo isso vai acabar colocando a vida de muitas pessoas em risco. Por que? No caso de Petro, por meras razões ideológicas; no caso de políticos como a Sra. Dilian Francisca Toro, por seu desejo excessivo de poder para se apropriar de orçamentos suculentos. Essa senhora vendeu os votos de seu partido em troca do governo de Valle. Ela não vai governar, mas saquear, e quem acredita que ela e os outros que estão aprovando essa reforma grotesca estão dando um tiro no pé porque o novo sistema também não será bom para eles, devemos lembrar que não há fila de espera para essas pessoas e suas famílias, pois eles poderão ir para países de primeiro mundo, em busca de sua saúde através de linhas aéreas especiais, para ter atenção privilegiada. Para eles não haverá prejuízo.
É claro que acabar com a saúde não é a única barbárie que esse governo quer impor. Já a aterrorizante Reforma Trabalhista também dá sinais de que será aprovada sem muita resistência por esse Congresso iníquo. É como se ninguém se importasse que até o próprio Banco da República tenha indicado que calcula uma perda de até 746 mil empregos, sem gerar nenhum. Aliás, a ultracomunista ministra do Trabalho, Gloria Ramírez, disse sem corar que essa reforma não é para gerar empregos, mas para "dignificar o trabalho".
É que este governo acha muito louvável impedir a demissão sem justa causa sem considerar que isso dificulta a contratação de novos funcionários. O governo também parece não entender que a falta de flexibilização dos contratos de trabalho vai acabar com milhares de vagas em plataformas digitais, como a Rappi, e o setor de turismo em geral, que iria substituir os lucros que o petróleo nos dá, 40% da renda do país. Não há hotelaria, restauração ou estabelecimentos similares que não considerem que esta reforma aumenta seriamente os custos laborais, que se transferirão para o consumidor final desencorajando o consumo, com graves impactos na economia em geral, e no combate à pobreza. E o mesmo acontece com todas as pequenas e médias empresas.
Mas Petro acabará com a economia com outra reforma cujos efeitos mais nefastos serão vistos no médio e longo prazo: a Reforma da Previdência. Agora todos nos tornaremos uma sociedade dos pobres com graves efeitos sobre o consumo que podem ser evidenciados em um exemplo proposto por especialistas: uma pessoa que ganha 9,2 milhões por mês e se aposenta hoje teria um abono de pensão de cerca de 5,6 milhões; mas com a reforma do Petro esse abono será de apenas cerca de 3,7 milhões, o que é quase um terço do salário, então não poderia cobrir seu nível habitual de despesas. E se essa pessoa pagar a taxa da faculdade ou do apartamento de um filho? E poucos ganham um salário tão generoso, então o caso da maioria será ainda mais dramático.
Por outro lado, pouco foi explicado à opinião pública sobre a questão do pilar semicontributivo, em que aqueles que contribuíram menos de 1000 semanas nos fundos de pensão permanecerão automaticamente. Ao contrário de hoje, a poupança previdenciária não será devolvida a ninguém, mas a Colpensiones dará a essas pessoas um abono vitalício a partir dos 65 anos, perdendo três anos para os homens e oito para as mulheres. Em princípio parece bom, mas esse subsídio será de uma magnitude irrisória que seria determinada pelas semanas citadas. Na melhor das hipóteses, para quem citou perto de 1000 semanas, a mesada seria de cerca de 100 mil pesitos, o que será suficiente para comprar uma caixa de suco e mil pães. Mas como a maioria só contribui cerca de 000 semanas, eles se aposentarão com cerca de 500.50 pesos por mês e estarão bem abaixo da linha da pobreza. Com tamanha crueldade este governo vai se animar dizendo que elevou a cobertura previdenciária como nenhum outro, quando a verdade é que entre as reformas Trabalhista e Previdenciária vai nos transformar em um país de gente carente dependente do papai Estado.
E tudo isso está acontecendo em uma mesa linda mesa de reuniões enquanto o país se diverte com a questão das crianças perdidas na selva, que alguns duvidam que existam e outros acreditam que estão nas mãos de alguma tribo nômade que não permitiu que Petro ganhasse ponto pelo sucesso do resgate, que precisa urgentemente não cair no fundo das pesquisas.
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Fonte:https://panampost.com/saul-hernandez/2023/05/23/las-tres-reformas-de-petro-para-acabar-con-colombia/
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