Embaixador Huang Yazhong |
ED, 21/01/2023
Por Walter Vasquez
China identifica duas primeiras necessidades para impulsionar a industrialização do lítio
O embaixador do gigante asiático na Bolívia, Huang Yazhong, destacou a aliança com a Bolívia para a produção de baterias de íons de lítio.
A formação científica de recursos humanos e a melhoria da infraestrutura são duas das principais necessidades do projeto binacional de industrialização do lítio que China e Bolívia confirmaram ontem, considerou o embaixador chinês Huang Yazhong.
As grandes reservas de lítio da Bolívia são “um presente da Pachamama, mas para desembrulhar é preciso muito. Depende de nós, depende de muito trabalho, não só do trabalho dessas duas empresas que com certeza vão dar o seu melhor, mas também devem ter o apoio de toda a sociedade”, disse Yazhong à TV Bolívia.
“Precisamos formar muitos engenheiros, muitos cientistas e melhorar a parte da infraestrutura”, especificou.
O diplomata fez estas declarações depois que o governo boliviano escolheu o consórcio chinês Catl Brump & CIMOC como sócio para a exploração e industrialização do lítio das salinas de Uyuni (Potosí) e Coipasa (Oruro).
“Este projeto abre uma nova área que tem muito futuro, porque a China é o maior produtor de baterias de lítio. Só a produção da empresa Catl representa 40% da produção mundial e a Bolívia tem um recurso riquíssimo de lítio”, destacou.
O acordo assinado ontem sexta-feira entre o presidente da Yacimientos del Litio Bolivianos (YLB), Carlos Ramos, e o representante da CBC, Qinghua Zhou, visa principalmente a implantação de dois complexos industriais. Cada uma terá capacidade para produzir até 25 mil toneladas por ano de carbonato de lítio grau bateria, com 99,5% de pureza.
O novo parceiro da Bolívia investirá cerca de US$ 1 bilhão na primeira fase do projeto, informou o presidente Luis Arce.
O embaixador lembrou que seu país mantém uma "complementaridade muito forte" com a Bolívia, o que permitiu que os investimentos chineses participassem da construção de mais de 2.000 quilômetros de rodovias e outros grandes projetos como o satélite Túpac Katari e a industrialização do ferro del Mutún, entre outros.
"Nosso governo incentiva nossas empresas a participar do programa de desenvolvimento do bicentenário da Bolívia, proposto pelo presidente Luis Arce", afirmou.
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