TCI, 18/10/2022
Um corpo médico no Canadá pediu a eutanásia legalizada de recém-nascidos considerados de curta expectativa de vida.
Louis Roy, do Quebec College of Physicians, disse ao Special Joint Committee on Medical Assistance in Dying que os pais devem ser capazes de providenciar a morte de bebês de até um ano de idade que são considerados como tendo “deformações graves, muito graves e síndromes graves” e com uma curta expectativa de vida.
O Canadá legalizou a eutanásia em 2016. Já descartou como requisito para (o procedimento) uma pessoa estar em estado terminal e o estenderá para aqueles considerados com doença mental a partir de 2023. Atualmente, está em andamento uma revisão parlamentar sobre o impacto em áreas como pediatria.
'Assassinato'
O Colégio alegou ainda que as crianças com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos, consideradas como sofrendo “sofrimentos persistentes e intoleráveis”, devem poder pedir a sua própria morte com o consentimento dos pais ou mesmo de um tutor.
Krista Carr, vice-presidente executiva do grupo de direitos dos deficientes Inclusion Canada, chamou (a proposta) de "assassinato de bebês" que não podem dar consentimento, dizendo que as previsões dos médicos são “muitas vezes baseadas em suposições discriminatórias sobre a vida com uma deficiência”.
Alex Schadenberg, Diretor Executivo da Euthanasia Prevention Coalition, disse: “Agora, não se trata de minha autonomia, minha escolha. Se eu posso fazer isso com um recém-nascido, por que não posso fazer isso com alguém que nunca pediu, que nunca demonstrou interesse, mas agora tem Alzheimer?”
baseado em pressupostos discriminatórios sobre a vida com deficiência
Ele acrescentou: “Uma vez que a porta para matar sem consentimento é completamente aberta, a faixa (seleção) de pessoas que se tornam elegíveis para serem mortas se expande exponencialmente”.
'Normalizado'
No mês passado, o The Lancet informou que o número crescente de mortes no Canadá por eutanásia e suicídio assistido “se normalizou rapidamente”.
Escrevendo na prestigiosa revista médica, Paul Webster entrevistou críticos, incluindo o professor Trudo Lemmens, da Universidade de Toronto, sobre a expansão do país da chamada Assistência Médica ao Morrer.
O professor Lemmens disse: “O que foi originalmente concebido como uma prática excepcional na medicina rapidamente se normalizou. Mesmo antes de a lei ser ampliada para incluir doentes mentais, já temos um número preocupantemente alto de pessoas morrendo”.
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Fonte:https://www.christian.org.uk/news/canada-medical-body-wants-euthanasia-for-newborns/
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