Euronews, 15/09/2022
A Ucrânia caminha a passos largos em direção ao bloco europeu. Na terceira visita a Kiev, desde o início da invasão da Rússia em fevereiro, a presidente da Comissão Europeia afirmou que o processo de adesão está no bom caminho. Ursula von der Leyen assegurou ao presidente ucraniano que o trabalho para abrir as portas do Mercado Comum Europeu à Ucrânia está a ser feito.
Ukraine’s accession process is on track.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) September 15, 2022
In the meantime, we are deepening 🇪🇺 🇺🇦 cooperation.
Supporting fast recovery, winter preparedness and planning reconstruction. https://t.co/wrlZ3uPtQo
O processo de adesão está bem encaminhado. É impressionante ver a velocidade, a determinação, a exatidão com que estamos a progredir. Em paralelo, concordámos que temos de trabalhar tanto quanto possível para garantir que a Ucrânia tenha mais negócios e mais rendimentos e, assim, o acesso sem descontinuidades ao Mercado Único Europeu é possível para a Ucrânia", afirmou von der Leyen.
Este é um ponto importante para Volodymyr Zelenskyy que agradeceu o apoio económico e militar da União Europeia e aproveitar para afirmar que a Ucrânia pode ajudar o bloco a mitigar a crise energética.
"Teremos desafios difíceis durante o inverno e temos de trabalhar em conjunto. A União Europeia pode receber eletricidade barata da Ucrânia e isso vai ajudar as sociedades do bloco. Em troca, a Ucrânia pode obter rendimentos para o seu orçamento, o que nos ajudaria num período tão difícil para pagar salários e pensões", disse.
Ursula von der Leyen agradeceu os sacrifícios feitos pelos ucranianos na defesa da liberdade e da democracia, e deixou em Kiev a garantia que a União Europeia apoia a Ucrânia, na guerra contra a Rússia, "durante o tempo que for preciso".
Nota e curiosidades
Se a Ucrânia tivesse somente insistindo em aderir à União Europeia, e não a OTAN, ela teria custado muito menos aos cofres dos estados-membros, do que está custando atualmente. Fora a ajuda em equipamentos militares e em dinheiro vivo, os estados-membros estão tendo custos adicionais com refugiados em matéria de: moradia, alimentação, emprego e cuidados de saúde. Some isto ao custo da guerra em si na atual crise energética do gás, e você terá praticamente um PIB de cada país gasto com a guerra na Ucrânia através da insistência da União Europeia. Quanto mais a guerra se prolonga, menos estabilidade o Euro terá. A Ucrânia é um país institucionalmente inviável, com instituições completamente comprometidas. O nível de transparência que já era pouco hoje é zero! Os estados-membros podem de boa fé até apoiar sua candidatura, mas os custos desse novo membro insolvente e institucionalmente corrupto custará muito, e não trará nenhum benefício a curto e longo prazo. Ironicamente, tudo o que a Ucrânia é como estado falido hoje, é do que a UE acusa países como Polônia e Hungria, que têm cooperado com o país vizinho e a própria União Europeia, em menor e maior grau. Contudo, mesmo se a Ucrânia desistisse de fazer parte da OTAN, e negociasse uma paz, a União Europeia continuaria se autodestruindo através das políticas verdes, pois após já ter aberto mão do gás russo e dos combustíveis fósseis, ela não voltará atrás, e permanecerá na escuridão energética.
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Fonte:https://pt.euronews.com/2022/09/15/processo-de-adesao-da-ucrania-a-ue-no-bom-caminho
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