Euronews, 19/07/2022
A Albânia e a Macedónia do Norte deram mais um passo rumo ao futuro europeu. A União Europeia (UE) lançou hoje as negociações de adesão dos dois países ao bloco.
Um "momento histórico", nas palavras da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que pode trazer mais estabilidade para as relações de Bruxelas com os dois estados.
"Haverá um impulso no investimento. Haverá melhores ligações comerciais. Haverá uma colaboração mais estreita em áreas-chave como, por exemplo, energia e transporte. Vai maximizar-se a utilização e o impacto do financiamento da UE. Isso significa novos empregos, novas oportunidades de negócios. É isso que os cidadãos esperam há muito tempo e para o que tanto trabalharam, e isto é isso o que eles merecem", sublinhou von der Leyen.
O processo adivinha-se longo. Basta dizer que a Macedónia do Norte obteve o estatuto de país candidato à UE em 2005.
Desde então um veto da Grécia bloqueou progressos. Em 2020, foi a Bulgária que colocou entraves, por causa de divergências históricas e culturais.
Agora, a Macedónia do Norte terá de mudar a Constituição para incluir os búlgaros nos grupos étnicos reconhecidos. Será precisa uma maioria de dois terços no parlamento, mas não há garantias.
O primeiro-ministro, Dimitar Kovačevski, apelou ao bom senso: "hoje, na primeira Conferência Intergovernamental (CIG), todos os Estados-membros saudaram o nosso primeiro passo para a adesão à UE. É responsabilidade de todos os políticos do país apoiar este caminho. É o único caminho para a República da Macedónia do Norte construir um futuro com mais sucesso, mais democrático e mais próspero."
A Albânia fez o pedido de adesão em 2014, mas a UE vinculou a candidatura ao processo da Macedónia do Norte.
As negociações adivinham-se complexas. O sucesso depende da rapidez com que os países garantem a aplicação das leis e regulamentos da UE, em particular em matéria de Estado de Direito e erradicação da corrupção.
Nota do editor do blog: os dirigentes da União Europeia prometem que a União Europeia será o complemento de tudo o que os aspirantes a estados-membros não podem ser separadamente. Os países que querem ingressar na União Europeia são soberanias frágeis e corruptas, que não têm autonomia, e necessitam de muletas de um estado maior. É como o estado sendo guardado por outro estado. É um paternalismo estatal estado a estado. Para mim, o caminho europeu da UE é a estrada da vergonha, e da admissão do fracasso e falta de amor a soberania nacional. Entrar para a União Europeia melhorou somente o aspecto econômico dos países, mas não seu estado de direito, e nem mesmo sua estabilidade política e institucional. A União Europeia interfere diretamente nos países financeiramente, politicamente e juridicamente. Ela nega veementemente isso, mas é exatamente o que fez no Reino Unido, e o que tem feito na Hungria e na Polônia. Bruxelas não aceita que os primeiros-ministros dos países indiquem seus próprios procuradores, que elaborem suas próprias leis via parlamentos, com base no interesse dos seus cidadãos e do seu eleitorado. Quaisquer leis que não correspondam as diretrizes da União Europeia são contestadas juridicamente, e se os chefes de estados insistirem, seu país ficará debaixo de sanções econômicas e jurídicas. Isso não é um futuro de sucesso, como disse Dimitar Kovačevski, isso é um futuro de servidão, instabilidade financeira e insegurança jurídica. Perder controle de fronteiras, obedecer regulações de agendas climáticas incapacitantes (para a indústria), e receber milhares de hordas de refugiados de todo canto do planeta é tudo, menos estável.
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