Asan Azad |
LN, 25/06/2022
Por Candela Ini
Ele foi preso na quinta-feira passada com diferentes documentos argentinos e já havia sido detido meses atrás; as circunstâncias são investigadas pela justiça federal de Entre Ríos
Um cidadão iraniano que portava documentos falsos foi preso na quinta-feira passada em Concepción del Uruguay, Entre Ríos, e está sendo investigado pelo juiz federal dessa jurisdição, Pablo Seró.
De acordo com o LA NACION, o homem, que só fala farsi, disse que seu nome era Asan Azad. Autoridades Da Direção Nacional de Migrações explicaram que a polícia de Entre Ríos o detectou descendo de um ônibus de Gualeguaychú para Concepción del Uruguay, porque um carregador (de bagagem) lhe pediu documentação e ele não a tinha. "Ele apresentou um DNI de um argentino e uma carteira de motorista de outro argentino", disse uma fonte a La Nacion.
O homem foi preso e será interrogado na segunda-feira. Mas não é a primeira vez que ele é barrado pelas autoridades de imigração e pela polícia. Meses atrás, devido a outro incidente com sua documentação, ele foi detido pela polícia em La Rioja e disse ser de origem palestina. A Agência de Migrações já havia solicitado informações sobre Asan Azad à Embaixada do Irã, mas não receberam resposta. Conforme revisão feito pelo jornal, ele entrou na Argentina pelo norte. Hoje ele disse que era iraquiano, mas de acordo com o que o jornal apurou, ele não tem informações com ele que comprovem sua identidade. Uma fotografia que circulou e que a (agência de) Migrações reconheceu como verdadeira mostra que ele usa um crucifixo e mede cerca de 1,90 metro.
O processo judicial iniciado a partir desta prisão passou primeiro pela justiça provincial, mas o juiz de plantão se declarou impedido por considerar que se tratava de um assunto federal e depois foi deixado nas mãos do magistrado Pablo Seró .
El detenido en Concepción del Uruguay, iraní/iraquí con pasaporte venezolano falso, fue derivado al mismo juzgado de la causa del avión. Chan.
— Gerardo Milman (@gmilman) June 25, 2022
Embora nas últimas horas tenham circulado versões que relacionam este episódio com o caso do avião iraniano-venezuelano suspeito de ter ligações com o terrorismo internacional, e inclusive o deputado do partido Pro, Gerardo Milman publicou um tweet no qual apontava como sendo a causa da prisão de Asan Azad, e que foi para o tribunal federal de Lomas de Zamora. Contudo, fontes judiciais ligadas ao caso rejeitaram essa versão.
Nota do editor do blog: mas o cerne da questão não está sendo debatido, que é o seguinte: o avião iraniano-venezuelano estava querendo fazer escala no Uruguai, e no Uruguai já existiram casos de terroristas islâmicos radicados no país. O Uruguai tem enfrentado durante muitos anos uma crise de segurança pública, propiciado pelos incompetentes e comunistas, Tabaré Vasquez e Pepe Mujica. O país se tornou um grande consumidor de droga após Mujica ter legalizado a maconha, e flexibilizado o consumo de drogas. O Uruguai se tornou um porto seguro para o narcotráfico, e muitos indivíduos ligados ao terrorismo já demonstraram interesse lá. Um caso em 2016 de um terrorista sírio, Ahmad Deyab, vem a memória: ele havia sido solto de Guantánamo por Barack Obama, em uma leva de soltura de terroristas para agradar seus senhores no Oriente Médio, principalmente o Irã, e viveu em Montevidéu até vir parar no Brasil em 2016. Depois disso, segundo fontes, ele foi para a Venezuela, onde foi preso e depois não se soube mais nada a seu respeito. Provavelmente ele está trabalhando com as células terroristas de lá em total impunidade sob o regime. O fato do avião terrorista da Venezuela ter tentado fazer escala no Uruguai requeria muito mais cuidado das autoridades para abrir investigações, mas aparentemente, o Uruguai está agindo da mesma forma que o Paraguai, e tentando ao máximo postergar o esclarecimento de dúvidas sobre os interesses desses indivíduos ligados ao terrorismo.
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