Combustíveis fósseis rendem 93 mil milhões de euros em cem dias de guerra
Euronews, 13/06/2022
Por Gregoire Lory
Nos primeiros cem dias de guerra na Ucrânia, o comércio de combustíveis fósseis rendeu à Rússia 93 mil milhões de euros.
Os maiores importadores foram a China (12,6 mil milhões de euros), a Alemanha (12,1 mil milhões de euros), Itália (7,8 mil milhões de euros), Países Baixos (7,8 mil milhões de euros), Turquia (6,7 mil milhões de euros), Polónia (4,4 mil milhões de euros), França (4,3 mil milhões de euros), Índia (3,4 mil milhões de euros) e Coreia do Sul (3,1 mil milhões de euros).
Os dados constam de um relatório do Centro de Pesquisa para a Energia e Ar Limpo (CREA) hoje divulgado.
BREAKING: Our new research tracked the flows of EUR63 billion worth of fossil fuels from Russia in the first two months of the brutal invasion of Ukraine, revealing the largest importers. It’s time to stop supporting Putin’s war crimes. 🧵 pic.twitter.com/qjZN5wEIYz
— Centre for Research on Energy and Clean Air (@CREACleanAir) April 28, 2022
De acordo com o estudo, a quebra nos volumes de exportações russas foi compensada pelos preços das mesmas, em média 60% mais elevados do que no ano passado.
Apesar das pesadas sanções da União Europeia (UE) contra o carvão e o petróleo russos, ao que tudo indica o país ainda pode ganhar muito dinheiro com as vendas a diferentes clientes.
"Os últimos dados e informações de que dispomos, sugerem que a Rússia ganha mil milhões de euros por dia com as exportações de combustíveis fósseis a nível global. Grande da fatia cabe à Europa. Estima-se que esta guerra também está a custar à Rússia cerca de mil milhões de euros por dia. Por isso, existe alguma paridade entre o que a Rússia está a receber por dia com o negócio da energia e entre o que está a gastar para financiar a guerra", sublinhou, em entrevista à Euronews, Ben McWilliams, investigador do Instituto Bruegel, baseado em Bruxelas.
A União Europeia continua a ser o principal cliente da Rússia.
Ainda de acordo com o relatório, os 27 Estados-membros importaram cerca de 60% de combustíveis fósseis da Rússia.
O impacto do recente embargo ao petróleo russo, negociado a duras penas entre os Estados-membros, poderá ficar aquém das expectativas, acrescentou Ben McWilliams: "o problema com o embargo do petróleo é que tem um grande atraso. Vamos continuar a importar petróleo da Rússia até ao final do ano. O risco é que se crie muito ruído e se assuste os mercados, mantendo-se preços elevados, e continuando com importações de petróleo nos próximos seis meses. Mesmo exportando poucos volumes, a Rússia pode ter muitos lucros graças aos preços elevados."
São más notícias para a União Europeia, apesar dos esforços para reduzir a dependência e o financiamento da máquina de guerra do Kremlin.
Moscou espera continuar a ganhar com menos clientes mas mais lucros.
Criptobobos |
Bitcoin perde um quarto do valor em apenas uma semana
A mais famosa e mais transacionada das criptomoedas, a Bitcoin, caiu esta segunda-feira para o valor mais baixo em 18 meses, penalizada por um mercado sem apetite para o risco e pela suspensão dos levantamentos na plataforma Celsuis, uma das mais importantes de transação de criptomoedas.
#Bitcoin falls below $24,000, #ETH under $1,200 following latest #crypto crash https://t.co/PAF7etzxHh
— Bitcoin News (@BTCTN) June 13, 2022
A cotação da Bitcoin caiu cerca de mais de 24% nas últimas sete sessões, para um valor pouco abaixo dos 24.000 dólares. Em relação ao máximo histórico, atingido em novembro de 2021, a queda é de 65%. O mercado das criptomoedas já esteve avaliado em três biliões de dólares e vale agora um terço desse valor.
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