Steve Brine |
GBN, 13/06/2022
Por Anna Fox
Um ex-ministro da Saúde conservador está desapontado com o Governo pela ausência de um imposto sobre o açúcar e o sal
Steve Brine disse aos Commons (parlamentares da Câmara) que está "um pouco decepcionado" com a ausência de um imposto sobre açúcar e sal na nova estratégia alimentar do governo, afirmando que o país está "acumulando obesidade, diabetes tipo 2 e derrame" para o futuro.
A Estratégia Alimentar Nacional propôs uma série de recomendações ao Governo em 2021, incluindo um imposto sobre o açúcar e o sal.
Brine supervisionou a introdução da taxa de bebidas açucaradas durante seu tempo como ministro da Saúde Pública, acrescentando que como resultado disso, a indústria "reformulou seus produtos" sem aumentar os custos para os consumidores.
Ele acrescentou como era "direito" e "responsabilidade" do governo conservador não dar um passo em falso.
O secretário de Meio Ambiente, George Eustice, afirmou como a taxa de refrigerantes, que entrou em vigor em 2018, foi um grande sucesso devido ao fato de que tirar o açúcar dos refrigerantes é “relativamente fácil” porque “é apenas um adoçante”.
A replica (na discussão) entre o Sr. Brine e o Secretário de Meio Ambiente seguiu uma declaração de Sr. Eustice na Câmara dos Comuns sobre a estratégia alimentar do governo, que o secretário sombra do Meio Ambiente do Partido Trabalhista , Jim McMahon, mais tarde descreveu como "vago" e "farsa".
O debate viu o deputado conservador Sir Roger Gale pedindo a proibição temporária do desenvolvimento de casas em terras agrícolas importantes, permitindo que a Grã-Bretanha cultive mais sua própria comida.
O Sr. Brine disse: “O secretário de Estado saberá que eu montei um livro verde de prevenção no Departamento de Saúde e com base no imposto sobre o açúcar, o que levou à reformulação sensata dos refrigerantes, não aumentou os custos (para) o consumidor porque a indústria reformulou seus produtos.
Esse documento, acordado entre governos, devo dizer, tinha propostas para estender essa fórmula (política de zero açúcar) vencedora a outros produtos, ricos em gordura, sal e açúcar.
Agora, podemos deixar as coisas assim e muitos ficarão satisfeitos com o que fizemos, mas estamos acumulando obesidade, diabetes tipo 2 e derrame, estamos vendo cada vez mais isso em pessoas mais jovens, futuramente.
Então, certamente, como um sistema de saúde com financiamento público, temos o direito – e eu diria – a responsabilidade de não dar passos em falso”
Eustice respondeu: “Posso garantir a ele que não estamos dando um passo em falso. A taxa de refrigerantes foi de fato um tremendo sucesso, mas foi um sucesso porque era relativamente fácil tirar o açúcar dos refrigerantes porque é apenas um adoçante, e você pode impulsionar a reformulação de maneira bastante simples”.
Ele acrescentou: “Mas o que estamos levando adiante no final deste ano são novas restrições nos pontos de venda de alimentos com alto teor de sal, gordura ou açúcar. E posso dizer ao meu ilustre amigo que isso já está impulsionando a reformulação e mudanças no varejo e nas cadeias de suprimentos.”
Mais cedo, o Sr. McMahon disse aos Commons: “Aqui estamos, não apenas seis meses atrasados em relação ao prazo (do secretário de Estado), mas apenas com uma declaração de intenções vagas do governo.
Sem propostas concretas e absolutamente nada para enfrentar os grandes problemas que este país enfrenta.
A resenha de Dimbleby consistia em quase 300 páginas. No entanto, o secretário de Estado respondeu a apenas 10% disso. Então, chamar isso de estratégia alimentar é uma farsa e, francamente, é um insulto a todos aqueles que dedicaram tempo para contribuir com essa revisão”.
O Sr. Eustice retaliou, defendendo o nível de detalhe na estratégia alimentar, dizendo que trata das áreas criticadas pelos trabalhistas.
Ele disse: “Se ele quisesse mais detalhes, ele poderia ter lido o relatório completo.
Mas fica claro pela lista de questões que ele levantou que talvez ele não tenha lido o relatório. Porque eu simplesmente não posso aceitar nenhuma das críticas que ele fez.”
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