Michelle Bachelet |
SWI, 13/06/2022
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, diz que não buscará a reeleição para mais um mandato, mas negou que a decisão tenha sido motivada por críticas à sua recente visita controversa à China.
Bachelet fez seu anúncio no final de um discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, na segunda-feira.
Bachelet disse que sua decisão foi motivada pelo desejo de passar mais tempo com sua família no Chile e que ela havia informado o secretário-geral da ONU, António Guterres, há dois meses.
Vários países e uma série de ONGs, como Human Rights Watch e Anistia Internacional, criticaram Bachelet por não desafiar Pequim por supostos abusos contra os uigures e outros grupos minoritários durante uma viagem à China no mês passado.
Durante seu discurso na segunda-feira, Bachelet disse que uma avaliação atualizada da situação dos direitos humanos na China seria divulgada antes de ela deixar o cargo em agosto.
O secretário-geral da ONU, Guterres, prestou homenagem a Bachelet, que “estava na linha de frente da luta pelos direitos humanos durante toda a sua vida. Ela surgiu em um contexto político extremamente desafiador – e ela fez uma profunda diferença para as pessoas ao redor do mundo”.]
Nota do editor do blog: a diferença que ela fez foi manter as coisas como estavam antes de assumir, ou seja, ela continuou culpando não infratores de direitos humanos de cometer abusos, e mantendo nas secretarias pessoas flagrantemente acusadas de fazê-lo. O motivo de sua saída, fora o desgaste, também se dá pelo fato de que o cenário político chileno está em decadência, e a esquerda pode perder sua hegemonia, conseguida com muito esforço principalmente pela ex-presidente Bachelet, e Sebastián Piñera. Bachelet seria um plano "B" para a esquerda como símbolo aglutinador. Ela seria uma primeira referência, já que Piñera está completamente desgastado, e sua figura já não acrescenta nada na política chilena, e só serviu para bode expiatório do radicalismo crescente que obteve o referendo a ferro e fogo. Sua volta triunfal já havia sido especulada, e agora ela foi sacramentada. Agora Bachelet não vai precisar fazer vista grossa para os ditadores chineses na ONU, e poderá fazer isso em casa, bem como para com outros ditadores que são seus amigos.
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