YLE, 26/06/2022
Quase 100 aves e mamíferos selvagens foram diagnosticados com gripe aviária na Finlândia nos últimos dois anos, variando de um cisne em Hanko a uma águia na Lapônia.
A gripe aviária está se proliferando na Finlândia e começou a se espalhar de aves para mamíferos, dizem autoridades de saúde da vida selvagem.
Até agora, a doença foi diagnosticada em duas raposas, uma lontra e um lince.
O pior surto de gripe aviária até agora ocorreu no ano passado em Janakkala, no sudoeste da Finlândia, onde milhares de faisões criados com a infecção tiveram que ser abatidos.
A Agência de Alimentos da Finlândia encontrou os vírus H5N1 e H5N8 altamente patogênicos em amostras de aves selvagens.
As infecções foram encontradas em cerca de 70 aves selvagens no ano passado, variando de águias e corujas a vários tipos de gansos e cisnes. A maioria dos casos foi encontrada ao longo da costa sul.
Até agora este ano, 11 casos foram confirmados em aves de Hanko, no extremo sul da Finlândia, a Posio, na Lapônia. No entanto, o número real de casos é provavelmente muito maior.
De acordo com Teemu Lehtiniemi, Diretor de Conservação e Pesquisa da Bird Life Finland, o número de infecções por influenza aviária na Finlândia é consideravelmente maior do que as estatísticas indicam.
"Os casos observados são apenas a ponta do iceberg. Eles são baseados em carcaças encontradas por humanos e enviadas para serem analisadas", observou.
De acordo com Lehtiniemi, a maioria dos casos finlandeses diz respeito a carcaças de grandes espécies, como cisnes, gansos e aves de rapina, pois é mais provável que sejam submetidas a testes. Aves menores geralmente não recebem a mesma atenção.
“A maioria das aves mortas passa despercebida pelos humanos e logo desaparece na boca de predadores e carnívoros”, disse ele.
A Food Agency adverte as pessoas a não tocarem em pássaros selvagens, mortos ou vivos, pois o vírus pode infectar humanos em alguns casos raros. O Reino Unido relatou seu primeiro caso no ano passado. Os animais de estimação também devem ser mantidos longe de pássaros doentes ou mortos ou outros animais, dizem as autoridades de saúde.
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