Euronews, 17/05/2022
Por Efi Koutsokosta
Enquanto esperam pela adesão à NATO e em caso de um ataque russo, a Finlândia e a Suécia serão defendidas pela União Europeia (UE).
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, deixou essa garantia durante um encontro dos ministros da Defesa da UE em Bruxelas, esta terça-feira, apoiando-se nos tratados europeus.
"Se um estado for atacado no seu território, se houver um ataque armado contra um Estado-membro da União Europeia, este Estado pode pedir a ajuda dos outros. E os outros são obrigados a fazê-lo, com todos os meios possíveis. Nem mais nem menos", sublinhou Borrell.
A chamada cláusula da solidariedade está contemplada no Tratado de Lisboa.
Entretanto, o Reino Unido e vários países nórdicos também deram garantias de segurança à Finlândia e à Suécia.
Mas até que ponto é que um ataque da Rússia contra os dois países se pode tornar real?
Fabrice Pothier, analista político da Rasmussen Global referiu, em entrevista à Euronews: "claramente, Moscovo adotou uma abordagem bastante branda. Obviamente disseram que estavam descontentes com isto. Ameaçaram tomar algumas medidas técnicas militares, mas o ponto principal é que aceitaram a decisão política. O que eles não vão aceitar, e penso que Vladimir Putin está a tentar traçar uma linha vermelha, é qualquer tipo de capacidade de forças da NATO serem deslocadas para o território da Finlândia e da Suécia."
A União Europeia também decidiu dar mais 500 milhões de euros em ajuda militar para a Ucrânia, elevando para 2 mil milhões o valor global do fundo militar do bloco destinado ao país.
As verbas são atribuidas através do Fundo Europeu para a Paz e permite à Ucrânia adquirir armas e equipamentos para se defender da invasão russa.
Nota do editor do blog: então nós temos aqui um novo precedente, em que fazer parte da União Europeia, praticamente faz com que estados-membros do bloco “econômico” tomem postura como se fossem membros do bloco militar. Praticamente, a União Europeia está usando o artifício da guerra para abolir a soberania nacional dos países, em termos de forças militares – e este é mais um passo do superestado europeu em busca de um exército europeu, uma força de dissuasão militar que poderá ser usada até mesmo contra estados-membros, os quais forem considerados errantes e antidemocráticos. O Reino Unido, que sempre foi participante (e promotor) de guerras, mesmo fora do bloco participará, pois é membro da OTAN. Perfeito! Todos se matando e se destruindo, e levando a economia global junto. Assim, todos são forçados a avançar a agenda da Nova Ordem Mundial, independente se membros ou não da OTAN. Mas ainda há estados que não fazem parte nem de um nem de outro, o que significa que terão de usar outro artifício para atingi-los: a responsabilidade de proteger. Agora eles poderão invadir tais países e colocar forças de ocupação, com a desculpa de estarem estabilizando o país que estava dominado por um inimigo do bloco. É a tirania perfeita! E todos os jovens europeus deverão ser recrutados para morrer pela causa de um bloco político-militar, que não é seu país, mas que manda nele. Ah! Esses tratados e clausulas assinados por políticos traidores, ou por diplomatas cegos são realmente maravilhosos.
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