LDD, 05/05/2022
O governo democrata decidiu adotar uma política permissiva com a ditadura totalitária de Nicolás Maduro, e já há uma recuperação no comércio bilateral de petróleo, açúcar, vinho e tabaco.
Traindo seus eleitores hispânicos, o governo do presidente Joe Biden decidiu flexibilizar o peso das sanções econômicas contra o regime socialista e ditatorial de Nicolás Maduro, provocando assim uma maior revitalização do comércio bilateral entre os dois países.
A delegação norte-americana em Caracas, chefiada pelo embaixador James Story e pelo diretor do Conselho de Segurança Nacional Juan González, compareceu perante a delegação da ditadura para aproximar posições e retomar as relações comerciais, especialmente o comércio de hidrocarbonetos.
Desta forma, Biden traiu seus eleitores da comunidade venezuelana nos Estados Unidos. A comunidade venezuelana, por meio de uma proclamação assinada em abril de 2021 e assinada por mais de 50 representantes da comunidade, pediu ao então candidato Biden um maior endurecimento das sanções econômicas e maior apoio ao Tribunal Penal Internacional. Biden decidiu desconsiderar as exigências.
O governo democrata reverteu os esforços de Donald Trump de aplicar sanções econômicas em retaliação à violação sistemática de direitos humanos na Venezuela, para priorizar a aquisição de produtos estratégicos como petróleo e outras matérias-primas.
A política energética de Biden deixa os Estados Unidos sem a possibilidade de explorar seu potencial máximo em termos de hidrocarbonetos, e diante da guerra na Ucrânia, novas rotas de abastecimento como a Venezuela serão buscadas.
O levantamento de sanções e barreiras comerciais já está tendo um efeito claro no comércio bilateral. As exportações dos EUA para a Venezuela aumentaram 48% somente no mês de março no caso de produtos agroalimentares, passando de US$ 46,2 milhões em fevereiro para US$ 68,5 milhões no mês seguinte. As estatísticas foram confirmadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA.
A exportação de cigarros norte-americanos também cresceu notavelmente 89% em março, passando de um saldo de US$ 465.972 em fevereiro para US$ 881 mil após um mês.
Por sua vez, as exportações da Venezuela para os Estados Unidos aumentaram acentuadamente. A exportação de sementes e derivados aumentou 292% em março, produtos como cacau 374%, vinhos 284%, açúcar 282%, derivados de petróleo 353%, e a exportação de frutas secas aumentou 1033%.
Mas o destaque das negociações é, sem dúvida, o mercado de hidrocarbonetos. Apesar da maior abertura comercial, o principal interesse do governo Biden é substituir o suprimento de energia da Rússia e evitar virar a maré em sua própria política energética falha.
O último governo republicano ordenou um embargo total às exportações de petróleo da Venezuela para os Estados Unidos em 2019. Isso causou um duro golpe na capacidade de produção de petróleo da Venezuela, um setor que naquele país está completamente nacionalizado e descapitalizado.
O governo Biden está considerando a possibilidade de suspender o embargo de petróleo de Trump que facilitava a retaliação econômica por violações de direitos humanos, embora haja forte oposição dos republicanos em ambas as câmaras legislativas.
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