Putin, primeira-ministra finlandesa no centro, e primeira-ministra sueca |
Euronews, 11/03/2022
EUA agravam sanções à Rússia
Os Estados Unidos deram mais um passo para penalizar a Rússia pela invasão da Ucrânia. O presidente Joe Biden anunciou que a Rússia seria tirada da lista das chamadas "nações mais favorecidas", um estatuto que permitia trocas comerciais privilegiadas. A lista de produtos que deixaram de poder ser importados da Rússia passou a incluir o marisco, as bebidas alcoólicas e os diamantes.
"Revogar o estatuto de relações comerciais normais permanentes, em relação à Rússia, faz com que seja mais difícil para a Rússia fazer negócios com os Estados Unidos. Ao fazer isso em uníssono com outros países que representam metade da economia global, estamos a dar um grande golpe na economia russa, que já está a sofrer com as nossas sanções. Estes são os mais recentes passos, mas não são os últimos. Como disse antes, vamos golpear Putin com força porque os Estados Unidos e os aliados e parceiros mais próximos estão a agir em uníssono", disse o presidente norte-americano.
Ucrânia faz parte da família europeia mas não se aceitam atalhos
A Ucrânia faz parte da família europeia, mas quanto a entrar pela fila rápida para o clube dos 27 Estados-membros a conversa é outra.
Reunidos em em Versalhes, numa cimeira informal de dois dias, os líderes europeus manifestaram-se a favor de abrir a porta a um novo membro, mas que não restem dúvidas: o processo pode demorar anos e não se aceitam atalhos.
A energia, defesa e a possibilidade de um novo fundo de recuperação económica estiveram em cima da mesa no segundo dia da cimeira de chefes de Estado e de Governo. Ficou claro que o futuro da União Europeia passa por ter mais autonomia energética em relação à Rússia, que não vê com bons olhos o facto de a Ucrânia cortejar o bloco europeu.
"Os pedidos de adesão da Ucrânia à União Europeia são expressões de soberania nacional, da vontade do país e do direito de escolher o próprio destino. Hoje abrimos o caminho para a Ucrânia chegar até nós. Eles fazem parte da família europeia", sublinhou, em conferência de imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Suécia e Finlândia apostam na política de defesa
Sem pressas, mas bastante mobilizados. Após a invasão russa da Ucrânia, países que não fazem parte da NATO estão a intensificar a cooperação em matéria de defesa. É o caso da Suécia e da Finlândia. O governo sueco anunciou um aumento do orçamento para a defesa que vai representar 2% do PIB - assim que possível - e a Finlândia pode ir mais longe. A população finlandesa parece pronta para uma mudança radical em termos de neutralidade.
Houve uma mudança histórica. Costumava ser 50% contra 24% e agora é 54% - e 20% contra. Penso que as pessoas estão a ser conduzidas corretamente pelo que apelidei de medo racional. O medo que a Rússia possa fazer a mesma coisa à Finlândia ou à Suécia. E ao mesmo tempo pela racionalidade. É preciso maximizar a nossa segurança e vamos fazê-lo... Se não for a curto prazo, pelo menos a longo prazo, por uma aliança militar (NATO) e uma defesa coletiva.
- Alexander Stubb
ex-Primeiro-ministro da Finlândia
Marin não falou de datas nem de prazos para o debate sobre a entrada do país na aliança atlântica. Neste momento, a prioridade parece ser reforçar a cooperação em matéria de segurança, em todas as frentes.
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