18 de mar. de 2022

Bashar al-Assad visita Emirados Árabes Unidos pela primeira vez desde o início da guerra




Observador, 18/03/2022 



Na reunião o xeque Mohamed - também Emir do Dubai - disse que a "visita seria o início da paz e da estabilidade para a Síria e para toda a região [Golfo Pérsico]".

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, visitou esta sexta-feira os Emirados Árabes Unidos (EAU), informou o seu gabinete, marcando a sua primeira viagem a um país árabe desde há pelo menos 11 anos, quando eclodiu a guerra civil na Síria.

Num comunicado publicado nas suas redes sociais, o gabinete diz que Bashar al-Assad reuniu-se com o vice-Presidente e primeiro-ministro dos EAU, Mohammed bin Rashid Al-Maktoum, para discutir o alargamento das relações bilaterais entre os dois países.

A agência de notícias estatal dos EAU, WAN, confirmou que o governante Mohammed bin Zayed Al Nahyan recebeu Bashar al-Assad no seu palácio em Abu Dhabi.

Na reunião o xeque Mohamed – também Emir do Dubai – disse que a “visita seria o início da paz e da estabilidade para a Síria e para toda a região [Golfo Pérsico]”.

O relatório do encontro referiu que Assad informou Mohammed sobre os últimos acontecimentos na Síria e os dois líderes falaram de interesses mútuos no mundo árabe.

O momento envia o sinal mais claro até agora de que o mundo árabe está disposto a se encontrar com o chefe de Estado sírio, que tem sido amplamente evitado.

A Síria foi expulsa da Liga Árabe constituída por 22 membros e boicotada pelos seus vizinhos após o início do conflito em 2011.

Centenas de pessoas morreram e outras foram deslocadas. Muitas zonas do país foram destruídas e a reconstrução custará dezenas de mil milhões de dólares.

Os países árabes e ocidentais culpabilizaram o regime de Assad pela repressão mortal aos protestos que ocorreram há 11 anos, dando origem numa guerra civil, e apoiaram o lado da oposição nos primeiros dias do conflito.

Com a guerra num impasse e Assad a recuperar o controlo da maior parte do país graças à assistência militar dos aliados Rússia e Irã, os países árabes aproximam-se para restaurar as relações com líder sírio nos últimos anos.

Nota do editor do blog: o autor da matéria traz uma informação falsa, não sei se amando do seu editor chefe, ou se por sua livre espontânea vontade – ou  talvez por ele próprio ser vítima da desinformação narrativa imposta dentro dos círculos jornalísticos. Mas eu acredito que ele esteja ciente da mentira, portanto, isso nada mais é do que um ato deliberado. A Guerra Civil Síria não ocorreu pela repressão de manifestações pacíficas pela democracia; isso é falso! Um país como a Turquia, ou como o Líbano e o Irã podem muito bem ter manifestações pela democracia, pois são países que vieram de uma tradição de governo secular, portanto, quaisquer manifestações lá são por um modelo democrático laico e secular. A Síria sempre foi um país de maioria islâmica, e em países de maioria muçulmana, não há manifestações por democracia, mas sim contra um regime teocrático por outro. Os responsáveis pelas manifestações na Síria foram os intelectuais da Irmandade Muçulmana. Eles insuflaram manifestações contra Assad, ao mesmo tempo em que grupos terroristas rebeldes lançaram ataques contra as forças de segurança. O resultado foi que os rebeldes começaram a lançar ataques mortais contra as forças de segurança, e Assad respondeu com fogo, impondo toque de recolher e estado de exceção. Os rebeldes não vieram das manifestações, eles eram terroristas treinados que propuseram luta armada desde o início. O que chamam de Primavera Árabe nada mais foi do que um levante terrorista, de alguns regimes contra outros, e nada mais. Assad continua sendo um ditador, e sua morte seria um frescor, caso houvesse realmente alternativas democráticas na Síria, mas não há! E na Síria, mesmo com um número esmagador de muçulmanos, os cristãos ainda vivem lá. Mas os rebeldes apoiados pelo Ocidente começaram seu levante matando cristãos; uma bela forma de mostrar a tolerância deles para as minorias religiosas, e um país de maioria muçulmana. O fato de Abu Dhabi estar se aproximando de Assad, significa que eles sentem que o Irã não pode mais ser detido, e que seu domínio já foi consolidado. Os árabes (Emirados e Riad) tentarão um melhor acordo, de modo ou a poder resistir, ou minimizar seus conflitos com Teerã. 

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Fonte:https://observador.pt/2022/03/18/bashar-al-assad-visita-emirados-arabes-unidos-pela-primeira-vez-desde-o-inicio-da-guerra/

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