13 de mar. de 2022

Análise do livro "O Estabelecimento Anglo-Americano" de Carroll Quigley - Parte 5



Leitura Felipe Folgosi 




Autor Carroll Quigley 




Prefácio do Livro:



O professor Carroll Quigley apresenta as "chaves" cruciais sem as quais os eventos políticos, econômicos e militares do século XX nunca podem ser totalmente compreendidos. O leitor verá que isso se aplica a eventos passado-presente e futuro. "As Bolsas Rhodes, estabelecidas pelos termos do sétimo testamento de Cecil Rhode, são conhecidas de todos. O que não é tão amplamente conhecido é que Rhodes em cinco testamentos anteriores deixou sua fortuna para formar uma sociedade secreta, que deveria se dedicar à preservação e expansão do Império Britânico. E o que parece não ser do conhecimento de ninguém é que esta sociedade secreta... continua a existir até hoje... Este grupo é, como mostrarei, um dos mais importantes fatos do século XX”.


Criando uma Nova Sociedade: Os Agentes de Transformação e Traficantes de Influência


As Fundações e a Transformação


Os agentes de mudança "de cima para baixo" que estão "reformando" nossas instituições políticas e sociais não são difíceis de descobrir. De fato, nos últimos cem anos no mundo ocidental, e nos EUA em particular, um exército de engenheiros sociais e políticos foi aceito como parte da paisagem estrutural. Entram em cena os "especialistas" traficantes de pressão: o complexo entrelaçamento entre as fundações filantrópicas, centros de estudos e debates, organizações executivas e a alta academia.

Hoje, se você for uma pessoa de significativa influência política, é muito provável que tenha passado tempo atravessando essas portas rotatórias (e provavelmente também pelo mundo empresarial e financeiro). Isto é exatamente o que está acontecendo desde os dias de Andrew Carnegie, Nicholas Murray Butler, Teddy Roosevelt e Woodrow Wilson. [3].

Entretanto, é preciso também dizer que nem todas as fundações e centros de estudos e debates operam como agentes da transformação internacional. Mas, há um grupo seleto de fundações "progressistas" que carrega esse estandarte e é esse grupo que vamos examinar aqui.

Exemplos de fundações globalistas incluem o Fundo Carnegie para a Paz Internacional (e outros órgãos Carnegie), o Fundo Irmãos Rockefeller e a Fundação Rockefeller, a Fundação Ford, a Fundação MacArthur e a Fundação Paz Mundial. Centros de estudos e debates e organizações executivas "intermediários" de mentalidade similar incluem o Instituto Brookings, o Conselho das Relações Internacionais (CFR), o Instituto Aspen, e o Conselho de Pesquisas em Ciências Sociais. Em termos de influência globalista por meio da alta academia, podemos citar a Escola de Economia de Londres, o Conselho Americano para a Educação (mais uma "organização executiva"), a Escola de Direito de Colúmbia, o Centro de Estudos Internacionais de Oxford e seu programa Governança Econômica Global, e o papel histórico que os mais importantes professores universitários desempenham como assessores dos governantes, diretores das fundações e membros dos principais centros de estudos e debates.

O início da família de fundações Carnegie é um excelente e bem importante exemplo dessa interconexão, pois Andrew Carnegie (NT: magnata da indústria siderúrgica nos EUA) é considerado o pai das fundações filantrópicas. Considere a seguinte história, conforme apresentada pelo Instituto Carnegie para a Ciência:

"Em 1901, Andrew Carnegie se aposentou da vida empresarial para iniciar sua carreira na filantropia. Em seus novos empreendimentos, ele considerou a criação de uma universidade nacional em Washington DC, similar aos grandes centros de instrução que existiam na Europa. Mas, como ficou preocupado que uma nova universidade poderia enfraquecer as instituições existentes, ele optou por um empreendimento mais interessante, porém também mais arriscado — uma organização de pesquisa independente que aumentasse o conhecimento científico."

"Carnegie contactou o presidente Theodore Roosevelt e declarou sua prontidão de doar 10 milhões de dólares (valores da época) para o novo instituto. Ele acrescentou mais 2 milhões de dólares ao fundo em 1907, e mais 10 milhões em 1911."

"Para constituir a primeira junta de curadores, Carnegie convidou o presidente dos EUA, o presidente do Senado e o presidente da Câmara dos Representantes, o secretário do Instituto Smithsonian e o presidente da Academia Nacional de Ciências. No total, ele selecionou 27 homens para a junta original da instituição. O primeiro encontro deles foi realizado no gabinete do Secretário de Estado, em 29 de janeiro de 1902, e Daniel C. Gilman, que tinha sido reitor da Universidade John Hopkins, foi eleito presidente." [4].

Além disso, quando o Fundo Carnegie para a Paz Internacional foi criado em 1910 — após incentivo de Nicholas Murray Butler, o reitor da Universidade de Colúmbia — o primeiro presidente do Fundo foi o senador e ex-Secretário de Estado Elihu Root. O ex-embaixador Robert S. Brookings foi acrescentado à lista de curadores; anos mais tarde ele fundou o Instituto Brookings, que atualmente é um dos mais influentes centros de estudos e debates nos EUA. Histórias similares de "interconexão" poderiam ser dadas para os outros grupos importantes. Entretanto, conforme mencionado anteriormente, muitas dessas fundações e organizações viam a administração social como uma prioridade desde o início de suas atuações.

Trecho do artigo do Forcing Change

Leia as partes 1,2,34,6 

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=ldl6bsbnAn0

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