3 de fev. de 2022

Estação Espacial Internacional vai afundar-se no Oceano Pacífico em 2031




SIC, 03/02/2022 




A Estação Espacial Internacional (ISS) tem a morte anunciada: a NASA divulgou o plano de a destruir em janeiro de 2031. Deverá despenhar-se no Oceano Pacífico, num local desabitado.

A Estação Espacial Internacional (ISS) tem a morte anunciada: a NASA divulgou o plano de a destruir em janeiro de 2031. Deverá cair no Oceano Pacífico, num local desabitado.

Em comunicado, a NASA revelou o plano de transição para o fim das operações da ISS. Até final de 2030 as operações continuarão normalmente, depois em janeiro de 2031, vai cair na Terra, mais concretamente no Oceano Pacífico Sul, num local conhecido como Área Desabitada Oceânica do Pacífico Sul ou Ponto Nemo.


O nome é uma homenagem ao marinheiro do submarino (da obra) de “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne. É o ponto no oceano que está mais distante de terra firme – fica a aproximadamente 4800 quilómetros da costa leste da Nova Zelândia e a 3218 quilómetros a norte da Antártida – e tem sido um túmulo aquático para muitas outras naves e engenhos espaciais.

Estima-se que as nações com programas espaciais como os EUA, a Rússia, o Canadá, o Japão e os países europeus da ESA tenham afundado neste local cerca de 300 detritos espaciais desde 1971.

Com cerca de 400 toneladas, a estação espacial é de longe o objeto mais pesado feito pelo homem a orbitar a Terra. E quanto maior for um objeto, menos provável é que a atmosfera seja capaz de queimá-lo completamente.

O POSTO AVANÇADO DA TERRA NO ESPAÇO HÁ QUASE 24 ANOS

A Estação Espacial Internacional (ISS) é o maior laboratório científico construído fora da Terra. Está em órbita há 23 anos a cerca de 400 km de altitude. O primeiro módulo foi lançado a 20 de novembro de 1998, mas foram necessários 42 lançamentos com material para finalizar a construção, embora a sua evolução seja contínua – um novo módulo foi adicionado em 2021.

Em 2000 a ISS estava pronta para receber a primeira tripulação e a partir de então nunca esteve desocupada.

A 23 de abril de 2021, o astronauta da ESA Thomas Pesquet partiu para a Estação para uma missão de seis meses durante a qual assumiu o comando da Estação, tendo sido o quarto europeu a ocupar este posto. Foi o primeiro europeu a viajar no foguetão Crew Dragon da SpaceX e foi acompanhado pelos astronautas da NASA Shane Kimbrough e Megan McArthur e pelo astronauta da agência espacial japonesa JAXA, Akihiko Hoshide.

Terminada a missão de seis meses, Thomas Pesquet foi substituído pelo alemão Matthias Maurer que está atualmente a bordo da Estação com a Crew-3.

A próxima missão será comandada pela primeira vez por uma europeia, Samantha Cristoforetti, a primeira mulher europeia a comandar estação espacial.

PARCERIA DE NAÇÕES RIVAIS

É a maior construção que o Homem fez fora da Terra numa parceria que junta nações “rivais”: EUA, Rússia, Canadá, Japão e os países europeus da ESA. Mas a Rússia já fez questão de dizer que vai abandonar a parceria. Anunciou em abril de 2021 que vai abandonar o projeto a partir de 2025 e tem planos para construir a sua própria estação espacial que poderá ser lançada em 2030.

Esta extraordinária cooperação entre nações permitiu conduzir várias e extraordinárias experiências científicas a bordo da ISS e que têm impacto na Terra.

As operações da ISS estavam inicialmente previstas para terminarem em 2015, mas este prazo foi sendo sucessivamente revisto e alargado pelos parceiros internacionais, estando agora previsto para 2030.

Mas ao fim de 30 anos de serviço, a Estação Espacial Internacional tornar-se-á demasiado velha e cara para ser mantida, além de já não ser possível garantir a total segurança dos astronautas.

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Fonte:https://sicnoticias.pt/sicnoticias/estacao-espacial-internacional-vai-afundar-se-no-oceano-pacifico-em-2031/

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