17 de mai. de 2019

Paquistão libertou Asia Bibi, mas ainda mantém 218 cristãos presos por “blasfêmia”





Gospel Notícias, 16 de maio de 2019 








A saga da cristã Asia Bibi, que este ano conseguiu se mudar do Paquistão para o Canadá, onde vive atualmente em liberdade com o esposo e cinco filhos, foi só um exemplo de como a comunidade cristã que vive na República Islâmica situada no Sul da Ásia sofre com a perseguição religiosa.

Bibi foi absolvida pela Suprema Corte da República Islâmica do Paquistão no ano passado. Ela havia sido acusada de “blasfêmia” ao compartilhar um recipiente de água com um grupo de mulheres muçulmanas, em 2009. Todavia, outras 218 pessoas são mantidas presas no país, pela mesma acusação.

Às informações são da organização Release International. “Foi extraordinariamente boa a notícia que Asia Bibi tivesse permissão para sair do Paquistão”, disse Andrew Boyd, membro da organização. “Mas há uma enorme questão pairando sobre isso: por que demorou tanto tempo para deixá-la ir?”.

Andrew explicou que apesar da sentença em favor de Bibi, o clima de perseguição religiosa no Paquistão continuou ameaçando a sua vida, algo que tem ocorrido com os demais cristãos que se encontram presos, também acusados de “blasfêmia”.

Ela tinha que estar escondida temendo por sua vida enquanto militantes iam de porta em porta procurando por ela tentando matá-la”, contou o ativista, comemorando o fato de Bibi e sua família hoje estarem seguros.

A preocupação atual é com os demais cristãos. “O Paquistão agora tem que fazer algo para proteger sua minoria cristã. A Release International está pedindo a libertação de 218 outros cristãos que também foram acusados ​​de blasfêmia”, disse Andrew.

A Release acusa a legislação do Paquistão, especificamente a lei contra “blasfêmia”, um problema que deve ser extinto do país. Isso porque é através desse tipo de acusação que os cristãos são injustiçados em sua maioria, sendo acusados falsamente e proibidos de se expressarem.

Um número desproporcionado de pessoas encontra-se na extremidade receptora das leis de blasfêmia que são frequentemente usadas para acertar as contas e para atingir as metas”, conclui Andrew, segundo o Evangelical Focus.

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