O "Taleban cubano", do consentimento de Fidel para o estrategista militar na Bolívia. |
Panampost, 28 de março de 2019
Por Mamela Fiallo
Agora Evo Morales pretende inculcar nacionalismo através da interferência estrangeira de Cuba e “relutantemente” o exército boliviano começou a gritar “Pátria ou morte”.
A Unidade de Segurança Presidencial, um grupo de elite de militares bolivianos, está sendo instruída por Hassan Pérez, conhecido como o “Talibã cubano”. Evo Morales procura gerar um novo sentido de “nacionalismo” orientado para a “Grande Pátria”.
Para isso, importava que ele tenha sido vice-presidente estudantil, escritor, historiador e agora estrategista militar. De modo que, além da presença militar cubana na Venezuela, Havana agora estende seus tentáculos para a Bolívia.
Desde, 2008, o “Talibã cubano” ministrou oficinas de treinamento e segurança às Forças Armadas Revolucionárias, guerrilheiros que se tornaram militares em Cuba; onde ele foi treinado na Escola de Defesa Nacional.
A peculiaridade de Cuba é que o exército não se limita à segurança e defesa da nação, mas para salvaguardar a viabilidade do regime.
Para conseguir isso, ele gerencia a economia, das vendas de varejo às importações, particularmente a indústria do turismo, elas estão sob o controle do MINFAR (Ministério das Forças Armadas Revolucionárias).
Através das cooperações das subsidiárias, CIMEX e GAESA, o regime comunista controla todo o comércio na ilha através das Forças Armadas Revolucionárias.
El dictador Evo Morales @evoespueblo y la delincuencia organizada castro-chavista a la que sirve para oprimir a los bolivianos y sostener su narcoestado: La sorpresiva aparición de Hassan Pérez, el "talibán cubano", como instructor de militares en #Bolivia https://t.co/NYivtnlZzb— CarlosSanchezBerzain (@Csanchezberzain) March 27, 2019
É assim que eles protegem sua “soberania”. Precisamente o convite do “Talibã cubano” se concentrou em seu discurso “anti-imperialista” sobre a interferência dos Estados Unidos na América Latina.
Em sua juventude, Hassan Pérez era um líder dos jovens comunistas cubanos e um favorito de Fidel Castro.
“Desde a época como estudante teve um papel importante na vida política do país”, explicou Yoel Cordoví, presidente do Instituto de História de Cuba para a BBC.
Cordovi acrescentou que Cuba é um dos países que mais enfatizaram o estudo da interferência dos Estados Unidos na América Latina. Como tal, Hassan Pérez é um produto dessa escola de pensamento que tem décadas de desenvolvimento.
O Marxismo Cultural, a batalha das ideias, financiada com recursos públicos.
Diante da imprensa boliviana, o “Talibã cubano” declarou: “Não falo de política, falo de questões históricas, mas é inevitável tocar em política, mas faço isso com muito respeito. Eu não me envolvo em nenhuma discussão, nem me intrometo em questões internas”.
Fidel Castro liderou uma era histórica em Cuba conhecida como a “batalha das ideias”. Antes de seus discursos, muitas vezes era o jovem Perez que o precedia. Seus discursos combativos deram a ele o apelido de “Talibã cubano”.
A batalha cultural de ideias é um conceito-chave para o avanço do marxismo. Pois a semeadura ideológica é fundamental para a colheita política e econômica.
Uma vez que os referentes marxistas reconhecem que a natureza humana é incompatível com o Socialismo, portanto, deve se nascer um “novo homem” que Castro pretendia alcançar através dos campos de doutrinação, onde ele removia os filhos de seus pais para que pudessem trabalhar de campo em campo, sem salário, demolindo a noção de troca dos cubanos, desde a tenra idade, de modo a fazê-los agir com o que aprenderam em favor da revolução.
É por isso que não é por acaso que hoje o governo da Bolívia está financiando a edição do livro do “Talibã cubano”, já que seu fim é ideológico.
Morales chama este livro de “essencial” para inculcar a “doutrina nacionalista”, junto com “As veias abertas da América Latina”, de Eduardo Galeano; apesar do fato de que o próprio autor pediu desculpas por escrevê-lo sem o conhecimento do assunto.
“Essas leituras são para dar um sentimento profundo de nossa amada Bolívia”, disse o presidente.
#Bolivia Cuestionan presencia de “talibán cubano” en instrucción a FFAA: https://t.co/rmYSJW03uy pic.twitter.com/A6SLuaSCyJ— Los Tiempos (@LosTiemposBol) March 28, 2019
Evo destaca a “libertação democrática, cultural e social” como o fim da cooperação com o Talibã e a propagação dessas leituras e ideias.
Segundo o site oficial da presidência: “Essas cátedras são muito importantes para refletir sobre o fenômeno das formas de dominação e hegemonia da história do mundo baseada nas estratégias do império norte-americano”.
Ou seja, incorpora a dialética marxista que empreende a “luta de classes” através da divisão social entre oprimidos e opressores, dominada e dominadora, burguesia e proletariado.
“Relutantemente” a força militar boliviana aceitou gritar o lema cubano “Pátria ou morte”.
Embora exalte a soberania e o nacionalismo, a presença cubana continua sendo uma interferência estrangeira; tal que ate os militares gritam seus slogans.
A este respeito, Samuel Montaño, especialista militar diz que “deve haver um problema em certas alas militares, porque elas se sentem como uma imposição de Cuba” ao concordarem “com relutância” gritar “Pátria ou Morte”, uma vez que o grito é de outro país.
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