9 de fev. de 2019

Homem acusado de matar sua mulher grávida não será acusado de aborto devido à nova lei de Nova York




Dailywire, 09 de fevereiro de 2019




Por Ashe Schow 




A nova lei de Nova York que permite o aborto tardio resultou na não aplicação de acusações de aborto contra um homem preso por assassinar sua namorada grávida.

Jennifer Irigoyen era uma corretora imobiliária de 35 anos de idade, uma pianista clássica, uma dançarina latina profissional, uma instrutora certificada de Spinning e uma instrutora licenciada da Zumba. Ela era mãe de um menino de 12 anos de um relacionamento anterior e estava com cinco meses de gravidez no momento de sua morte. 
A vida dessa mulher incrível – e a vida de seu filho nascituro – foi interrompida depois que ambos foram esfaqueados até a morte em seu prédio em um conjunto de apartamentos no Queens, de acordo com Gothamist. A vídeo vigilância do prédio mostrou Irigoyen sendo assassinada, segundo o superintendente, que disse ao New York Post que a mulher gritou: “Ele tem uma faca! Ele vai matar o bebê!”. 

O namorado de Irigoyen, de 48 anos de idade Anthony Hobson, entregou-se à 104ª Delegacia em Ridgewood, Nova York e foi preso pelo assassinato. Inicialmente, ele foi acusado de “homicídio, adulteração de provas físicas, aborto e porte ilegal de arma”, segundo Ghotamist, mas a acusação de “aborto” foi posteriormente retirada. 

O New York Post informa que a acusação de aborto foi suspensa por causa de uma nova lei estadual que permite o aborto até o minuto do nascimento. Mesmo que Irigoyen quisesse seu bebê, ele não era considerado uma vida sob a nova lei. Um porta-voz do promotor disse ao Post que a acusação de aborto “foi revogada pela Assembleia Legislativa, e esta é a lei como existe hoje”. 

Como relatou anteriormente Amanda Prestigiacomo, da Dailywire, a lei chamada de Lei de Saúde Reprodutiva (RHA), revogou o aborto do código criminal do estado e removeu a lei que limita os abortos para além de 24 semanas. O aborto pode ser realizado por um profissional licenciado de “boa fé” até o momento em que o bebê nasce “para proteger a vida ou saúde do paciente”, mas “saúde” não está definida na legislação. 

Ostensivamente anunciada como uma lei de “saúde da mulher”, a RHA declara que “todo indivíduo que engravida tem o direito fundamental de escolher levar a gravidez adiante, dar à luz a uma criança ou fazer um aborto”. Irigoyen não pode fazer essas escolhas, mas o homem que a fez não será criminalizado por interromper uma gravidez que ela queria. 

Como a Emily Zanotti, do Dailywire, relatou anteriormente, esse projeto de lei removeu as proteções para as crianças “desejadas” ao remover o aborto do código criminal. Até 23 de janeiro, alguém que assassinasse uma mulher grávida e seu feto seria acusado de aborto sob as leis de homicídio existentes no estado. Essa acusação foi removida em 23 de janeiro. 

Irigoyen e seu feto foram assassinados em 03 de fevereiro, menos de duas semanas após a lei entrar em vigor. 

A Conferência Católica do Estado de Nova York se opôs à lei, dizendo que “elimina a responsabilidade por aqueles que prejudicariam crianças não-nascidas fora do contexto de interrupção médica da gravidez”. 

Como mostra o caso de Irigoyen, o NYSCC estava certo. Haverá justiça para o assassinato de Irigoyen, mas não para o de seu filho não nascido, a quem ela queria. Poderia Hudson ter conseguido apenas as acusações menores se ele tivesse esfaqueado e matado o filho nascituro de Irigoyen? 

Os ativistas do aborto de Nova York aplaudiram loucamente quando a nova lei foi aprovada. 

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