Política comunista holandesa, principal articuladora da sanção. |
Euronews, 12 de setembro de 2018
Por Sandor Zsiros
"No dia em que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, defendeu uma Europa mais unida e a proteção do Estado de direito, o Parlamento Europeu votou a favor da abertura do procedimento previsto o Artigo 7 do Tratado de Lisboa contra a Hungria. É a chamada "opção nuclear" e foi uma decisão muito polémica", realçou Sandro Sziros, enviado da euronews ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
Viktor Orbán é um homem derrotado que, claramente, não foi capaz de defender as suas políticas no discurso de ontem
– Kati Piri –
Eurodeputada, centro-esquerda, Holanda
O governo de Budapeste está acusado de várias violações dos valores da União Europeia num relatório elaborado por Judith Sargentini, eurodeputada ecologista holandesa.
Sargintini lamentou que não se tenha atuado mais cedo, dizendo que "não teríamos chegado ao ponto de precisar de uma votação, ao final de oito anos e de três eleições no país, se Comissão Europeia tivesse agido quando começaram as mudanças na Hungria e não tivesse dados tantos ouvidos a questões de política partidária".
József Szájer, um eurodeputado do Fidez (partido no poder na Hungria e que pertence ao grupo do centro-direita no Parlamento Europeu), disse que votação não decorreu de acordo com o regulamento.
Esse argumento não colheu, mas a governo húngaro promete lutar contra o processo que agora se inicia.
EU invokes rarely used powers against Hungary that mark the culmination of an extraordinary clash between Brussels and Prime Minister Viktor Orban https://t.co/zNP2e9sIl7— The Wall Street Journal (@WSJ) 12 de setembro de 2018
Contudo, Kati Piri, eurodeputada socialista holandesa de ascendência húngara, considera que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, é "um homem derrotado que, claramente, não foi capaz de defender suas políticas no discurso de ontem".
"Isso tornou possível o resultado da votação, em que membros da sua família política se voltaram contra ele", acrescentou.
O relatório vai, agora, ser enviado para o Conselho da União Europeia, que reúne os governos dos Estados-membros.
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