Epoch Times, 18 de maio de 2018
Por Joshua Philipp
Sob pressão do regime iraniano para manter seu acordo nuclear com o Ocidente e em face das iminentes tarifas comerciais sobre a Europa, líderes da União Europeia (UE) estão formando uma “frente unida” para se opor ao presidente norte-americano Donald Trump.
Um grupo de 28 líderes da UE se reuniu em Sofia, capital da Bulgária, no dia 16 de maio. Segundo Bourse & Bazaar, da empresa BHB Emissary, o chefe da UE, Donald Tusk, disse a repórteres com os quais os líderes se encontraram para discutirem uma “frente unida” contra Trump.
A reunião acontece um dia depois que ministros das relações exteriores da Grã-Bretanha, França e Alemanha se reuniram com o ministro das relações exteriores iraniano em Bruxelas para discutir como poderiam manter o acordo com o Irã sem os Estados Unidos. O Irã tem pressionado a UE a manter o acordo em andamento, e a UE corre o risco de perder boa parte do seu comércio de US$ 25 bilhões com o Irã se as sanções forem novamente impostas.
Por trás da reunião, no entanto, há possivelmente algo mais significativo. A ideia de uma “frente unida” está ligada a uma estratégia mais profunda, enraizada no pensamento comunista. A estratégia envolve a identificação de todos os movimentos ou organizações da “esquerda” e a união dos mesmos sob um objetivo estatal específico.
Leon Trotsky, um líder do Partido Comunista Russo ao lado de Lenin, descreveu a estratégia em seu panfleto de 1932, “What Next?”, afirmando que sob uma frente unida, “o Partido Comunista prova para as massas e suas organizações sua prontidão em agir para lutar em comum com elas”, e isso coloca esses grupos sob uma “luta comum”.
Líderes da UE ficaram menos envergonhados de demonstrar seu amor pela ideologia totalitária e assassina do comunismo, que, segundo várias estimativas, já matou cerca de 100 milhões de pessoas.
Esse apoio foi deixado claro por Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, quando ele revelou uma estátua de 4,3 metros de Karl Marx em 5 de maio na Alemanha, e defendeu o ideólogo comunista cujas obras sobre o ateísmo e a luta comunistas fizeram o século 20 o mais violento da história humana.
A ideologia destrutiva também está no coração dos sistemas socialistas que se instalaram em toda a Europa. Sob suas interpretações “internacionais”, isso deu à Europa nomes como Stalin e Lenin e, sob suas interpretações “nacionalistas”, deu à Europa nomes como Hitler e Mussolini.
Todos esses sistemas políticos – seja o tipo de comunismo e revolução global da União Soviética, ou o uso do Socialismo Nacional e das políticas de identidade por Adolf Hitler – baseavam-se nas mesmas ideias de regime totalitário, censura política e sistemas coletivistas destinados a reunir pessoas sob os interesses “coletivos” dos regimes dominantes.
Invocando a “frente unida”, os líderes da UE estão invocando o sistema que ela representa. Ao promulgar políticas de governança e censura política em nível micro, e tendo o Estado dirigindo setores da economia, eles estão demonstrando sua afinidade por esses sistemas fracassados.
As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.
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