8 de mai. de 2018

Ela manteve o mundo informado sobre Alfie Evans. E agora os seus inimigos online estão tentando derrubá-la

Caroline Farrow | Alfie Evans


LifeSiteNews, 07 de maio de 2018. 






INGLATERRA, 07 de maio de 2018 (LifeSiteNews) – Como uma comentarista católica leiga de destaque na Inglaterra, Caroline Farrow sofreu abuso online por anos. 

Infelizmente, a defesa de Farrow pela família de Alfie Evans levou a níveis sem precedentes de assédio. Não apenas estranhos lhe enviaram insultos e ameaças pelo Twitter, como também publicaram o seu endereço, número de telefone e o nome da escola de seus filhos. Graças aos trotes o telefone dela teve de ficar tocando fora do gancho. Na semana passada, a polícia aconselhou-a a fechar a sua conta no Twitter por 72 horas. 

É uma loucura”, disse Farrow a LifeSiteNews de sua casa na Inglaterra na noite de sexta-feira. “É apenas medonho”.

Exemplos de abuso que ela recebeu online incluem os seguintes sentimentos: “Farrow está fu#, seu tempo está acabando, Farrow é má e vingativa e está prestes a ser derrubada, ela precisa ser enquadrada, legalmente ou não, estamos usando as mídias sociais para estimular o ódio e a fúria, uma pá para lidar com ela será mais do que o suficiente”. 

Farrow diz que há dois tipos diferentes de pessoas que a visam. A mais recente é composta de apoiantes do Hospital Alder Hey, que lutou contra os pais de Alfie Evans no tribunal pelo direito de matar a criança, e o Serviço Nacional de Saúde [NHS], pelo qual muitos britânicos têm um fervor quase que religioso. 

[Eles] não podem acreditar que o status quo foi desafiado”, explicou Farrow. “Eles estão indignados”. 

Mas os agressores online, conhecidos como “trolls”, vêm atrás de Farrow desde que ela se juntou a uma iniciativa de mídia católica chamada Catholic Voices em 2011. Catholic Voices, fundada pelo jornalista Austen Iverleigh, treina jovens católicos para explicar os ensinamentos católicos a jornalistas interessados. Histórias relacionadas à igreja. Farrow começou o seu treinamento logo após o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciar planos para alargar a definição de casamento para incluir casais do mesmo sexo. 

Muitos dos nossos treinamentos foram dedicados à forma como as vozes católicas lutaram contra a questão do casamento gay”, explicou Caroline. 

Fanáticos anti-Farrow obcecados. 

Ao debater a questão no Twitter, Farrow atraiu a atenção de um homem com quatro mil fãs no Twitter, que escreveu “coisas terríveis” sobre ela. Ele até expressou a esperança de que seus filhos tivessem câncer.  [Nota: uma vez que o câncer é incurável o NHS os mataria].

Ele passou alguns anos obcecado comigo”, disse Farrow. 

Este troll não estava sozinho: Farrow têm, pelo menos, dois outros stalkers online que se fixaram nela por anos, e agora estão tentando recrutar novos usuários do Twitter para a sua causa anti-Farrow. 

Eles estão usando a tragédia de Alfie Evans para alavancar o seu próprio ódio… e me calar”, ela explicou. 

Farrow acredita que muitos de seus críticos são opositores ideológicos que se ressentem de uma mulher católica que aparece na televisão convencional e nos principais jornais. Frequentemente consultada por figuras da mídia britânica de alto nível como Piers Morgan, Farrow é uma das principais representantes femininas do catolicismo ortodoxo no Reino Unido. 

Eles não podem suportar porque sou razoável”, explicou ela sobre os seus críticos. “Eles estão online me pintando como uma fanática desagradável”. 

Farrow disse que ela chegou “muito tarde” para abordar à história de Alfie Evans. Ela ouviu pela primeira vez sobre a criança quando conheceu Bruno Quintavalle, um advogado ativo em causas de direito à vida, em uma reunião da Aliança Pró-Vida

Nós temos este caso chegando ao tribunal em breve; vai ser como Charlie Gard”, ela lembrou de Quintavalle dizendo a ela. 

Quintavalle então pediu a Farrow para aumentar a conscientização sobre a situação de Alfie. 

Farrow ficou comovida tanto pela história quanto pela falta de um “esforço católico coordenado” para ajudar Alfie. Ela foi colocada em contato com a ativista americana Christine Broesamle, que estava trabalhando com a família de Evans. Através de Broesamle, Farrow pôde falar com os membros da família Evans pelo telefone. Em fevereiro, ela sentiu que havia estabelecido uma relação de trabalho com a tia de Alfie, Sarah Evans, e alguns amigos da família. Ela também recebeu informações sobre o desenrolar de eventos de uma “mãe católica de Liverpool” que simplesmente foi até Alder Hey e sentou do lado de fora da unidade de terapia intensiva pediátrica enquanto a batalha legal sobre Alfie se acirrava nos tribunais. 

Farrow blogoutuitou e publicou artigos sobre Alfie no National Catholic Register e no EWNT News. Ela deu entrevistas para a EWNT, BBC Radio 4 e o programa de entrevistas Good Morning Britain. Ela publicou detalhes das numerosas audiências envolvidas no caso de Alfie. 

Ódio gratuito após a morte de Alfie. 

Depois que Alfie morreu, Farrow se vu assediada por um novo ódio por ter tuitado parte da história de Banedetta Frigerio em La Nueva Bussola Quotidiana, dizendo que Alfie havia recebido quatro drogas [medicamento] pouco antes de morrer. Farrow havia recebido uma história semelhante de outras duas pessoas em Liverpool, as quais telefonaram para ela sete horas depois da morte de Alfie, às 2h30 da manhã. 

Quando um administrador da página oficial do Exército de Alfie no Facebook contatou Farrow pelo Twitter para dizer que a história de Frigerio estava “causando grande aflição” e era “falsa”, os trolls começaram a abusar de Farrow por não remover a história, Farrow contatou Frigerio. A repórter italiana insistiu que sua história era verdadeira e contou a Farrow quem eram suas fontes. Farrow então disse a seus leitores no Twitter que ela havia pedido à “família” que contatasse Frigerio diretamente para retratar a história se ela fosse falsa. 

Até onde ela soube, a família não o fez. 

Enquanto isso, ela se viu tratada pelos usuários do Twitter como um bode expiatório por causa de Frigerio, bem como dos manifestantes do Exército de Alfie, cujas manifestações estão sendo falsamente pintadas como violentas. 

Eles estão me culpando pelas multidões enfurecidas que nem sequer existiam”, suspirou Farrow. 

Agora Farrow espera que a polícia seja capaz de dissuadir os estranhos cheios de ódio por assediá-la.

De certa forma não me incomodo porque eu tenho a luz de Cristo”, disse ela. No entanto, ela se preocupa, especialmente porque seus principais inimigos estão obcecados com ela há anos, abrindo novas contas no Twitter tão rapidamente quanto o Twitter acabou com as antigas. 

Eu me pergunto onde eles vão parar”, conclui ela. 

Após sua entrevista na sexta-feira à noite com o LifeSiteNews, Farrow voltou a trabalhar como repórter católica no sábado de manhã. Ela começou a usar sua conta no Twitter novamente para publicar entrevistas com personalidades no UK March for Life. 

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