The Local SC, 23 de abril de 2018.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou a Suécia como sendo um construtor de pontes entre as nações após uma reunião com Stefan Lofven, marcando a conclusão de uma cimeira do Conselho de Segurança da ONU no país nórdico.
Os dois líderes se reuniram na Biblioteca Nacional da Suécia em Estocolmo nessa segunda-feira para discutir assuntos como a reforma da ONU, o trabalho da ONU sobre o fluxo de refugiados e o conflito na Síria.
“A Suécia tem sido consistentemente uma construtora de pontes em sua ação no Conselho de Segurança. Em um mundo em que temos visto tensão – acredito que podemos até falar da retomada da Guerra Fria em muitos de seus aspectos – a Suécia tem respeitado plenamente os valores dos direitos humanos, a necessidade de garantir que o direito internacional seja respeitado e, ao mesmo tempo, tentou reduzir as tensões reunindo diferentes atores no cenário internacional”, disse Guterres em uma coletiva de imprensa conjunta com Lofven.
O secretário-geral da ONU enfatizou que acredita que não há solução militar para o conflito na Síria, e que é preciso ter acesso a ajuda humanitária para alcançar o povo sírio e os responsáveis pelos ataques com armas químicas.
O PM Lofven concordou que os esforços multilaterais são necessários para resolver a situação na Síria:
“Nenhuma nação pode resolver todos esses problemas e desafios sozinhos e é por isso que a Suécia e a União Europeia apoiam um sistema multilateral forte, com as Nações Unidas em sua âncora"..
"Mas é claro que as Nações Unidas precisam ser fortes, eficiente e responsáveis para enfrentar os desafios de hoje, e é por isso que também falamos sobre a necessidade de reformas", acrescentou.
Quando se trata de refugiados, Guterres elogia a Suécia por ser “absolutamente exemplar” e disse que a Europa não conseguiu dar apoio ao tomar medidas coordenadas para garantir a distribuição igualitária [de refugiados] na região.
“Em vez disso, a Europa foi totalmente incapaz de encontrar solidariedade para este tipo de solução europeia integrada. Não houve solução europeia. Como não houve solidariedade, dois países, a Suécia e a Alemanha foram essencialmente os que receberam a maioria esmagadora dos refugiados… o que é absolutamente injusto, e não faz nenhum sentido”.
“Se quisermos que a imigração e o asilo funcionem adequadamente em nosso mundo, precisamos de cooperação internacional, solidariedade e que todos os países assumam as suas responsabilidades. Espero que as discussões nas Nações Unidas permitam que as coisas sigam nessa direção, e para uma abordagem abrangente”, acrescentou o líder da ONU.
Lofven dise que a situação que a Suécia enfrentou no outono de 2015 foi “não sustentável” e que a responsabilidade compartilhada é vital no futuro.
“A responsabilidade compartilhada em nível global é importante, a responsabilidade compartilhada na União Europeia é importante. A Suécia não pode ter uma política mais generosa do que os países vizinhos. Se não resolvermos esse desafio, teremos uma situação difícil com os refugiados e isso enfraquecerá também a União Europeia”, concluiu.
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