Herói Oscar Pérez. |
Euronews, 18 de janeiro de 2018.
Por Antonio Oliveira E Silva.
Para a mãe de Óscar Pérez, se o Governo não consegue provar que tem o cadáver em seu poder, é porque está vivo.
Onde está, afinal, o corpo do 'Rambo' da Venezuela?
A família de Óscar Pérez diz que não teve ainda acesso ao cadáver. O antigo piloto, ator e anti-chavista foi morto pelas forças do Governo de Nicolás Maduro numa operação policial marcada pla polémica.
Durante o confronto, morreram outras oito pessoas. A mãe do piloto rebelde diz que só acredita que ele morreu quando vir o cadáver.
Num vídeo colocado numa rede social, Aminta Pérez pede ao Governo que deixem enterrar o filme:
"Com toda a dor que tenho na alma, peço que me deixem reconhecer o meu filho, se é verdade que se encontra na morgue. Quero recuperá-lo para sepultá-lo", diz a mãe do piloto.
E", se não mo permitem, então, para mim, ele está vivo," conclui.
Protestos na morgue, em Caracas
Numa morgue, em Caracas, a famílias dos mortos têm protestado, várias vezes, para que o Governo reconheça, de forma oficial, se os corpos se encontram ou não em poder do Estado.
O Governo de Nicolás Maduro considera que Õscar Pérez e grupo de rebeldes eram terroristas.
O rambo da venezuela atacou edifícios do Governo com granadas, com recurso a um helicóptero roubado.
Durante a operação de busca e captura, Óscar Pérez foi colocando videos numa rede social. Dizia querer render-se mas que "tentavam mata-los."
'Rambo', o piloto rebelde, novo mártir dos venezuelanos 16/01/2018
Morte de Oscar Pérez confirmada por Caracas. Operação resultou na morte de sete pessoas e em seis detidos.
Morreu Oscar Pérez, conhecido como o 'Rambo' da Venezuela, numa operação levada a cabo pela polícia. A morte de Pérez foi confirmada pelo ministério do Interior, Justiça e Paz.
No início da semana, Pérez, 'o piloto rebelde' surgiu em vários vídeos, colocados na rede social Instagram, com a cara ensanguentada.
Contava estar cercado por agentes da polícia, que tentavam matá-lo. Na operação, morreram também outros ativistas contra o Governo chavista de Nicolás Maduro.
O ministro do Interior, Nestor Reverol, disse, num discurso transmitido pela televisão Estatal Venezolana de Televisión, que "sete terroristas" tinham sido assassinados numa operação, nos arredores de Caracas.
Oscar Pérez ficou conhecido depois de ter atacado edifícios do Governo venezuelano com recurso a um helicóptero roubado numa base militar. O piloto rebelde disparou e lançou granadas contra o ministério da Administração Interna e contra o Tribunal Supremo.
'Rambo' apelou depois à revolta contra o presidente Maduro e assumiu a total responsabilidade pelo ataque, que disse ser contra "um Governo de um tirano".
Descrito pelo Executivo chavista como "um terrorista fanático", Pérez apareceu, em várias ocasiões, em vídeos, partilhados milhares de vezes nas redes sociais, na Venezuela e um pouco por toda a América Latina.
Houve quem desconfiasse, na Venezuela, que os ataques de 'Rambo', o piloto rebelde, tinham sido uma manobra para justificar mais uma repressão do Governo.
Um crise sem precedentes desde o Caracazo dos anos 80
A confirmação oficial da morte do piloto abalou a Venezuela. Várias organizações de defesa dos Direitos Humanos falam de uma "execução" e apelam ao respeito pela população.
Nota: daqui em diante, o Euronews começa com a demagogia típica de um jornal de esquerda. O media liga a atual situação da Venezuela com um governo lá dos anos 80, fazendo menção ao evento conhecido como "Caracaço", dito como tendo sido espontâneo. O evento tinha como objetivo demonstrar o repúdio as medidas econômicas de Carlos Andrés Pérez. A única coisa que liga esse evento a atual situação [e que o Euronews não menciona] é o fato de que por meio dele, Hugo Chávez teve a desculpa necessária para dar sua tentativa de golpe em 1992. Dai em diante, a Venezuela só foi ladeira a baixo. Euronews omite isso, mas tenta fazer uma linha entre o governo de Pérez e a atual situação. A Venezuela depois do evento era muito mais prospera do que agora. Mas Hugo Chávez conseguiu torná-la pior do que quando ocorreu esse evento nos anos 80. Euronews pode não dizer em palavras, mas fez isso como uma forma de dar a entender que essa situação não é causada por agentes, sob a influência de um ideal. Bela tentativa, mas, não! Leia sobre Hugo Chávez no MSM. Ah! Só para acrescentar: eu poderia até mesmo mencionar a "forcinha" que Lula e Fidel Castro deram para Chávez nesse período, por meio do Foro de São Paulo.
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