Euronews, 14 de novembro de 2017
Por Luís Guita.
Putin e Erdogan reuniram-se em Sochi. Uma solução política para a guerra na Síria é desejada pelos Presidentes da Rússia e da Turquia.
Putin e Erdogan estão de acordo sobre a necessidade de se encontrar uma solução política para a Síria.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, reuniram-se durante quatro horas, segunda-feira, em Sochi, Rússia. A guerra na Síria foi o grande tema do encontro entre os dois Presidentes.
“Estamos unidos no fato de que devemos aumentar os esforços para garantir a estabilidade a longo prazo (na Síria), acima de tudo para fazer avançar o processo de estabilização política”, afirmou Putin, na conferência de imprensa conjunta.
Por seu lado, Erdogan realçou terem concordado que “agora existe uma base através da qual se podem concentrar no processo político”.
Apesar de a Rússia ser um dos principais aliados de Damasco, enquanto a Turquia é um apoio importante dos rebeldes, os dois países trabalharam em conjunto nos últimos anos para encontrar uma saída para o conflito, nomeadamente através do processo de paz de Astana, do qual são padrinhos juntamente com o Irão.
Os esforços comuns conduziram, nomeadamente, à criação de zonas de redução da escalada da violência em algumas regiões da Síria, o que se traduziu na redução da violência mas não no seu fim.
A ultima vez que Putin e Erdogan se tinham encontrado foi em setembro, em Ankara, onde decidiram fazer pressão a favor da criação de uma zona de redução da escalada da violência na região de Idleb, no norte da Síria.
Depois, a Rússia propôs reunir todas as forças políticas sírias para alcançar uma solução politica para o conflito que já matou mais de 350 mil pessoas. Mas a oposição e países ocidentais mostraram-se céticos e não foi agendada nenhuma data.
De recordar que os dois Presidentes reconciliaram-se em 2016, após mais de um ano de crise nas relações, depois de um avião russo ter sido abatido pela Turquia, em 2015, na fronteira entre Turquia e Síria.
Sinal do entendimento entre os dois países, é o facto de este ser o quarto encontro entre os dois Presidentes em menos de 8 meses.
Um reflexo da melhoria das relações é o facto de as restrições à importação de produtos turcos para a Rússia estarem a ser levantadas a pouco-e-pouco e, em setembro, o Presidente Erdogan ter anunciado a assinatura de um acordo com a Rússia para a compara de sistemas de defesa antiaérea S-400. O que suscitou muita inquietação na NATO, organização da qual a Turquia faz parte.
Donald Trump prefere Rússia aliada e não rival 11/11/2017
O presidente norte-americano assegura que "manter a Rússia com uma postura amigável ao invés de estar sempre a lutar é um trunfo para o mundo."
Donald Trump afirma acreditar na convicção dos serviços secretos norte-americanos de que a Rússia tentou influenciar as eleições presidenciais de 2016.
A declaração do presidente dos Estados Unidos da América ocorreu um dia depois do encontro com Vladimir Putin que negou qualquer interferência de Moscovo.
Em Hanói, no Vietname, a penúltima etapa do périplo pela Ásia, Donald Trump afirmou que é necessário colocar as divergências de lado pois é preciso “começar a trabalhar para resolver a Síria, resolver a Coreia do Norte, resolver a Ucrânia, resolver o terrorismo.” O presidente norte-americano assegura que “manter a Rússia com uma postura amigável ao invés de estar sempre a lutar é um trunfo para o mundo e um ativo” para os Estados Unidos.
When will all the haters and fools out there realize that having a good relationship with Russia is a good thing, not a bad thing. There always playing politics - bad for our country. I want to solve North Korea, Syria, Ukraine, terrorism, and Russia can greatly help!— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 12 de novembro de 2017
Ainda este domingo, Donald Trump desloca-se às Filipinas onde vai participar na cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático.
Durante os três dias em Manila, Trump vai encontrar-se com o presidente filipino, Rodrigo Duterte, que tem sido acusado de “crimes contra a humanidade” e de autorizar execuções extrajudiciais levadas a cabo durante “a guerra contra as drogas”, que já provocou mais de 6 mil mortos.
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