The Local Fr, 11 de outubro de 2017
Por Evie Burrows
Uma “mulher” transgênero americana estava entre os vários militantes “antifascistas” a quem foram dadas penas de de prisão na quarta-feira por atacar e incendiar um carro de polícia em Paris durante um protesto anti-polícia.
Nove “ativistas” antifascistas, incluindo um americano, foram julgados em Paris por um ataque violento contra a polícia francesa que gravou tudo em um vídeo chocante que fez manchetes no mundo todo.
Na quarta-feira, dois dos acusados foram liberados por um juiz, mas os outros sete foram condenados a prisões de um a sete anos pelo ataque em maio de 2016 no qual jovens vestidos de preto com os rostos cobertos atacaram e incendiaram um carro de polícia em Paris, enquanto dois oficiais ainda estavam dentro.
Entre os antifascistas a quem foram dadas as condenações estava, Kara Brault, um cidadão transgênero norte-americano de 27 anos que admitiu bater com um poste de metal na janela traseira do veículo.
Ele recebeu uma pena de quatro anos de prisão, os outros dois tiveram sua pena suspensa.
Segundo informações ele está atrás das grades há 16 meses, ele provavelmente ficará em uma prisão francesa por mais oito meses, antes de ser libertado na prisão preventiva.
Os promotores também pediram que ele fosse impedido de sair da França por três anos.
Kara Brault recusou-se a falar no julgamento, preferindo exercer o seu direito ao silêncio, no entanto, de acordo com relatórios da mídia francesa, ele disse aos juízes em uma audiência anterior: “Sinto muito. Eu fui estupida”.
Os promotores disseram que Brault estava desempregado e ficou com amigos tendo chegado a França recentemente.
Após o ataque, ele desapareceu, mas depois foi preso em outro protesto em Paris contra as reformas trabalhistas do governo.
O julgamento lançou luz sobre como os prisioneiros transgênero são presos na França. O advogado de Brault criticou as condições de sua detenção.
“A minha cliente foi detida e colocada em prisão solitária há 16 meses, porque na França, as pessoas trans são automaticamente colocadas isoladamente”, disse o advogado Pauline Picarda.
Brault foi mantido em uma cela 22 horas por dia e não teve outro contato com outros prisioneiros e lhe foi negado o direito a aos exercícios, disse o advogado.
As autoridades francesas disseram que ele foi isolado para protegê-lo de ser atacado por outros prisioneiros, informou o portal de notícias France Buzzfeed.
A sentença mais severa foi entregue a Joachim Landwehr que acredita-se estar foragido na Suíça. Ele vai ter de encarar 7 anos de prisão se a polícia o apanhar.
Antonin Bernanos, o mais notório entre os acusados, dado ao fato de que ele é filho de um autor frances, George Bernanos, recebeu uma sentença de cinco anos, duas das quais foram suspensas.
Os condenados que ainda não estavam sob custódia não foram presos imediatamente, mas serão convocados em uma data posterior por um juiz.
O julgamento ocorreu com alta segurança e a polícia anti-distúrbio estava em ação na quarta-feira à medida que as sentenças eram entregues. Enquanto os advogados e familiares dos réus alegaram que as punições eram severas, a polícia estava ansiosa para que o tribunal desse um exemplo.
Nos últimos anos, os protestos contra as reformas trabalhistas na França tornaram-se regulamente violentas quando grupos antifascistas e anarquistas entraram em choque com a polícia francesa. As imagens de um policial em chamas depois de ser atingido por um molotov fizeram manchetes ao redor do mundo após o protesto no início deste ano.
O ataque ao carro da polícia também ocorreu no mesmo dia em que policiais protestavam contra a violência a que estão sujeitos.
Um dos oficiais no carro, chamado Kevin Philippy, ganhou o apelido de “Kung-fu Cop” depois que ele foi visto no vídeo defendendo-se com as próprias mãos contra um agressor empunhando um poste de metal.
Conforma a multidão se aproximava do carro da polícia, um deles foi ouvindo gritando: “Há policiais, venham, vamos pegá-los” (Venez, on va les niquer).
Uma funcionária, chamada Allison Barthelemy, falou sobre como ela pensava que ia morrer.
Os agressores, que incluíam estudantes e assistentes de ensino, inicialmente enfrentaram acusações de tentativa de assassinato de uma pessoa que ocupava cargo público, mas as acusações foram reclassificadas como “violência grave contra policiais”.
Artigos recomendados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário